Cadastro Único

Cesta básica do governo: guia para conseguir o benefício pelo CadÚnico

A cesta básica oferecida por programas governamentais é um auxílio fundamental para milhões de famílias brasileiras que enfrentam a insegurança alimentar. Em um cenário de alta no custo de vida, esse suporte direto garante o acesso a produtos essenciais para a subsistência.

No entanto, uma dúvida comum entre os cidadãos é sobre a existência de um programa nacional unificado para a distribuição do benefício. É importante esclarecer que, atualmente, não há um programa de cesta básica do Governo Federal, e o auxílio é concedido por meio de iniciativas estaduais e municipais.

Esses programas, embora variados em seus nomes e regras, possuem um ponto em comum: o acesso a eles depende, invariavelmente, da inscrição da família no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Ele é a principal ferramenta de identificação da população de baixa renda.

A inscrição e a manutenção dos dados atualizados no CadÚnico são, portanto, o primeiro e mais importante passo para que uma família possa ser considerada elegível.

Cesta básica do governo guia para conseguir o benefício pelo CadÚnico
A cesta básica do governo é um benefício descentralizado, oferecido por estados e municípios, e o acesso depende da inscrição da família no Cadastro Único (CadÚnico) – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

O papel do Cadastro Único (CadÚnico) para ter acesso à cesta básica

O Cadastro Único é a principal porta de entrada para a maioria dos benefícios sociais no Brasil, e com o auxílio-alimentação não é diferente. Ele funciona como um grande mapa socioeconômico das famílias de baixa renda, permitindo que os governos federal, estaduais e municipais identifiquem quem mais precisa de apoio.

Para os programas de cesta básica, o CadÚnico é a ferramenta exclusiva de seleção. As secretarias de assistência social de cada município e estado utilizam essa base de dados para verificar quais famílias atendem aos critérios de renda e de vulnerabilidade de seus programas locais.

Dessa forma, uma família que não está inscrita ou que está com o cadastro desatualizado se torna “invisível” para o poder público. Sem o registro, é impossível ser incluído nos processos de seleção e, consequentemente, receber o benefício, mesmo que se enquadre em todos os outros requisitos.

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Quem tem direito ao auxílio-alimentação: os requisitos de renda em 2025

Como os programas de cesta básica são de gestão local, os critérios de elegibilidade podem variar de um município para outro. No entanto, algumas regras são comuns à maioria das iniciativas e servem como um guia para as famílias.

O principal requisito é o de renda. Geralmente, têm direito ao benefício as famílias que possuem uma renda mensal por pessoa igual ou inferior a meio salário mínimo. Essa condição é verificada com base nas informações de rendimento que foram declaradas pela família no Cadastro Único.

Além da renda, muitos programas estabelecem grupos prioritários para o recebimento, especialmente quando a demanda é maior que a capacidade de atendimento. Famílias com crianças, idosos, pessoas com deficiência ou que sejam chefiadas por mulheres costumam ter preferência na seleção.

Como se inscrever no CadÚnico: o primeiro passo para o benefício

A inscrição no Cadastro Único é um procedimento gratuito e deve ser realizado de forma presencial. Não é possível se cadastrar pela internet. O Responsável Familiar, que deve ter no mínimo 16 anos, precisa procurar o posto de atendimento do CadÚnico de seu município.

O local mais comum para o cadastramento é o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Ao se dirigir ao CRAS, o Responsável Familiar deve levar seus documentos pessoais e, obrigatoriamente, o CPF ou o Título de Eleitor.

É necessário também apresentar ao menos um documento de identificação de todas as outras pessoas que moram na mesma casa. Durante o atendimento, será realizada uma entrevista social, na qual serão coletadas as informações sobre a família, como renda, escolaridade e condições de moradia.

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A inscrição e a atualização do Cadastro Único são realizadas presencialmente em uma unidade do CRAS, sendo o primeiro passo para ter acesso ao auxílio-alimentação – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

Cesta básica do governo: entenda como o benefício funciona

É fundamental compreender que não existe um único modelo de “cesta básica do governo“. O formato do benefício varia de acordo com o programa de cada localidade.

Em alguns municípios, o auxílio é concedido na forma de uma cesta de alimentos física, contendo itens não perecíveis. Em outros, um modelo mais moderno tem sido adotado, com a concessão de um crédito em um cartão magnético. Exemplos conhecidos são o programa “Moeda Social Arariboia”, em Niterói (RJ), e o “Cartão Ceará Sem Fome”, no Ceará.

O modelo de cartão-alimentação oferece mais autonomia e dignidade para as famílias, que podem escolher os produtos de acordo com suas necessidades e preferências, incluindo alimentos frescos. Além disso, o benefício, por ser utilizado no comércio local, ajuda a fomentar a economia da comunidade.

Onde e como buscar o auxílio-alimentação após o cadastro

Após a inscrição no Cadastro Único, a família não é automaticamente incluída nos programas de cesta básica. É necessário que o Responsável Familiar busque ativamente as informações sobre o benefício em seu município.

O principal local para obter essas informações e solicitar o auxílio é o CRAS. A família deve informar à equipe de assistência social que se encontra em situação de insegurança alimentar e perguntar sobre a existência de um programa de cesta básica ou de auxílio-alimentação na cidade.

Na maioria dos casos, a inclusão no programa dependerá de uma avaliação técnica da equipe do CRAS, que irá verificar o enquadramento da família nos critérios do programa local e a disponibilidade de vagas e de orçamento. A concessão do benefício, portanto, não é imediata após o cadastro.

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O que acontece se seu cadastro não estiver atualizado

A manutenção dos dados no Cadastro Único em dia é uma responsabilidade contínua da família e uma condição para a permanência nos programas sociais. Um cadastro desatualizado é a principal causa para o bloqueio ou o cancelamento de benefícios.

A atualização deve ser realizada no CRAS a cada dois anos, no mínimo, ou sempre que houver uma mudança na situação da família, como o nascimento de um filho, uma mudança de endereço ou uma alteração na renda.

Se o cadastro estiver desatualizado, a família pode ser excluída da lista de beneficiários de programas como o Bolsa Família e também deixa de ser considerada nos processos de seleção para novos auxílios, como o da cesta básica. A regularização do cadastro é o que garante que a família continue a ter acesso aos seus direitos.

Wilson Spiler

Jornalista e design gráfico, pós-graduado em Marketing Digital. Atualmente sou editor de Home do Lance!, e redator nos sites Pronatec e CadÚnico. Já trabalhei nos mais diversos ramos da comunicação, com atuação em redações como Globo, GloboNews, Video Clipping, e SRZD, onde fui editor-chefe de Esportes e fotógrafo. Também exerci a função de analista de SEO em agências como Rankme e Search Lab, além de vários trabalhos freelancers para empresas como Dimona e Buscapé.

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