Brasileiros adotam novas maneiras de armazenar alimentos e economizar
Você chegou do mercado com suas compras e, em poucos dias, acaba encontrando frutas murchas e legumes estragados na geladeira. Essa sensação de desperdício é bem frustrante e, além de tudo, pesa no bolso. O que muita gente não sabe é que, muitas vezes, o problema não está na qualidade dos alimentos, mas sim na forma como eles são armazenados. Aprender a como guardar os alimentos corretamente pode ser uma das habilidades mais valiosas para economizar e garantir que seu dinheiro se transforme em refeições, e não em lixo.
O erro mais comum ao guardar alimentos
Um dos maiores vacilos que muitas pessoas cometem é lavar frutas, legumes e verduras assim que chegam em casa. A verdade é que a umidade excessiva pode ser sua maior inimiga na hora de conservar os alimentos, já que ela ajuda a promover o crescimento de mofo e bactérias. O ideal é guardar os produtos como eles vêm; a limpeza deve ser feita só quando você estiver prestes a preparar ou consumir. Manter os alimentos secos é um dos segredos para aumentar sua vida útil.
Nem todo vegetal precisa ir para a geladeira
Muita gente acredita que a geladeira é o lugar ideal para todos os alimentos, mas isso é um mito que pode sair caro. O frio em excesso pode mudar a textura e o sabor de certos produtos, fazendo com que eles se estraguem mais rápido. Por exemplo, o tomate, a batata, a cebola e o alho não se dão bem com o frio. O tomate pode ficar farinhento e sem graça, a batata transforma seu amido em açúcar mais rápido e as cebolas e alhos podem brotar ou ficar molinhos. O melhor lugar para eles é um cesto em um local fresco e arejado.
A “guerra fria” na gaveta de legumes
Dentro da sua gaveta de legumes, pode rolar uma verdadeira “guerra química”. Algumas frutas, como maçãs, bananas, mamões e tomates, produzem um gás chamado etileno, que ajuda no amadurecimento. Se você guardar esses itens perto de vegetais que são sensíveis ao gás, como folhas verdes, cenouras e brócolis, vai acelerar o apodrecimento deles. A dica é simples: mantenha esses dois grupos sempre separados.
O que fazer com o pão?
Tem quem ache que armazenar o pão na geladeira é uma boa ideia, mas, na verdade, isso pode estragar seu pão rapidinho. A refrigeração acelera um processo chamado retrogradação do amido, que deixa o miolo duro e borrachudo. Para conservar por até três dias, guarde o pão em um saco de papel ou pano, de preferência no armário. Se quiser que dure por algumas semanas ou meses, o truque é fatiar e colocar no congelador. Assim, você pode retirar apenas o que vai consumir e aquecê-las direto na torradeira.
Como potes e sacos ajudam a conservar
Ar e umidade descontrolada são inimigos da conservação dos alimentos. Investir em bons recipientes pode ser uma ótima maneira de proteger seu bolso. Utilize potes herméticos para queijos, frios e sobras, evitando que eles ressequem ou absorvam odores. No caso das folhas verdes, lave, seque bem — uma centrífuga de salada pode fazer milagre aqui — e guarde em potes ou saquinhos plásticos forrados com papel toalha. O papel vai absorver a umidade e pode ajudar a aumentar a durabilidade das suas folhas.
Um guia rápido para armazenar alimentos
Para não errar na hora de organizar suas compras, uma dica é seguir um “guia rápido” na hora de armazenar. Saber onde cada alimento deve ficar é fundamental para evitar o desperdício.
Na geladeira: Folhas verdes (muito secas!), brócolis, couve-flor, cenouras, beterrabas, pimentões, ovos e todos os laticínios.
Fora da geladeira (em local fresco e seco): Tomate, batata, cebola, alho e a banana (até amadurecer).
Isolados (longe de outros vegetais): Maçãs, bananas e tomates, pois liberam o gás etileno.
Pão: Armário para consumo rápido; congelador para longa duração.
Após abertos: Queijos, frios, sobras e enlatados devem ir para potes herméticos na geladeira.
Com essas dicas, você vai notar uma grande diferença na conservação dos alimentos. Assim, dá para aproveitar melhor suas compras e, de quebra, economizar.