Aposentados receberão reembolso e muitos ainda desconhecem
Muitos aposentados e pensionistas no Brasil têm enfrentado problemas com descontos indevidos em seus benefícios do INSS. Essa é uma questão que afeta milhões de pessoas, gerando preocupações e até dificuldades financeiras. Para resolver isso, em 2025, o Instituto começou a adotar um novo procedimento que promete facilitar a devolução de valores. Agora, o ressarcimento pode ser feito automaticamente, sem precisar entrar na Justiça, o que traz mais agilidade e transparência para o processo. Com uma estimativa de prejuízo em torno de R$ 2,1 bilhões atingindo mais de três milhões de segurados, essa medida é uma tentativa de corrigir as falhas que têm causados danos a um público muitas vezes vulnerável.
Como funciona o ressarcimento de descontos do INSS?
O processo de devolução começa quando o segurado nota um desconto que considera indevido e faz a reclamação diretamente ao INSS. A partir daí, a entidade que fez o desconto tem um prazo de 15 dias úteis para apresentar a autorização para o débito ou realizar o estorno. Se não o fizer, o INSS se responsabiliza e deposita diretamente o valor na conta do beneficiário. Esse método reduz a burocracia e acelera a restituição, e os primeiros ressarcimentos estão previstos para ocorrer a partir de julho de 2025.
Quem pode receber a devolução dos valores?
Cerca de 2,1 milhões de segurados que já formalizaram reclamações estão na mira do ressarcimento. Esse número deve crescer com o registro de novas contestações. Têm direito à devolução:
– Aposentados e pensionistas que identificaram descontos não autorizados.
– Segurados que fizerem a contestação junto ao INSS.
– Beneficiários que apresentarem documentação adicional quando necessário.
O governo federal assegurou um crédito extraordinário de até R$ 4 bilhões para garantir as devoluções, o que deve evitar atrasos.
Quais documentos são necessários para o ressarcimento?
Para iniciar o processo, na maioria das vezes, o segurado pode usar o aplicativo ou site “Meu INSS”. Porém, em casos que exigem mais detalhamento, pode ser necessário apresentar:
– Extratos bancários que comprovem os descontos questionados.
– Qualquer correspondência ou comunicado enviados pelas entidades responsáveis.
– Autorização assinada, se existir, para confirmar a legitimidade do desconto.
Esses documentos ajudam a esclarecer a situação e garantem que apenas valores realmente indevidos sejam restituídos.
Como consultar descontos indevidos no benefício?
Para saber se existem descontos não autorizados, o segurado pode acessar o aplicativo ou site do “Meu INSS” com seu CPF e senha. No portal, a pessoa pode:
1. Ir à seção “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.
2. Conferir o nome da entidade e o valor que foi descontado.
3. Indicar se o desconto foi autorizado ou não.
4. Registrar a contestação se entender que o débito é injusto.
Depois de registrar a contestação, o usuário receberá uma confirmação. A entidade vai ter os mesmos 15 dias úteis para responder. Se não conseguir comprovar o débito, o INSS irá proceder com a devolução.
Por que o novo processo é um avanço para os segurados?
A automatização do ressarcimento é um passo significativo na relação entre o INSS e seus beneficiários. Com essa nova abordagem, a necessidade de enfrentar processos judiciais sai de cena, melhorando a transparência e oferecendo uma camada de proteção a aposentados e pensionistas contra práticas abusivas. A colaboração entre órgãos de fiscalização e a Previdência Social possibilita um monitoramento mais eficaz, enquanto o crédito extraordinário garante que os recursos estarão disponíveis tanto para os casos atuais quanto para os que surgirem no futuro.