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Aposentadoria no INSS: as mudanças de idade e tempo de contribuição em 2026

As regras de transição da Reforma da Previdência exigem o aumento gradual na idade e no tempo de contribuição. Saiba o que muda em 2026.

A Reforma da Previdência de 2019 trouxe várias regras de transição. Elas foram criadas para que as mudanças não fossem tão bruscas para quem já estava no mercado de trabalho.

O ponto principal dessas regras é que elas não são fixas: a idade e o tempo de contribuição exigidos aumentam gradualmente a cada ano. E isso afeta quem vai se aposentar em 2026.

É crucial entender essa progressão para não ser pego de surpresa e garantir que o seu planejamento previdenciário esteja correto.

Aposentar-se é um direito, mas exige que você cumpra os requisitos do INSS. E esses requisitos mudam constantemente com o passar dos anos.

Aumento na regra da idade mínima progressiva

Uma das regras de transição mais conhecidas é a da idade mínima progressiva. Ela exige que o trabalhador atinja uma idade mínima, além do tempo de contribuição.

Em 2025, por exemplo, essa idade mínima é de 59 anos para mulheres e 64 anos para homens, mantendo o tempo de contribuição de 30 e 35 anos, respectivamente.

Em 2026, essa idade mínima vai subir mais seis meses. É um pequeno ajuste, mas que faz toda a diferença no planejamento.

A partir de janeiro de 2026, a idade mínima passa a ser de 59 anos e 6 meses para as mulheres e 64 anos e 6 meses para os homens.

Lembre-se: o tempo mínimo de contribuição de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) precisa ser cumprido junto com essa idade.

O que muda na regra de pontos em 2026

Outra regra de transição importante é a de pontos. Ela soma a idade do trabalhador com o tempo de contribuição. O resultado dessa soma tem que atingir uma pontuação mínima.

Assim como a idade mínima, a pontuação exigida também aumenta um ponto a cada ano. Isso foi definido pela Reforma da Previdência para que, aos poucos, o sistema se aproxime da regra definitiva.

Em 2025, o total de pontos exigido é de 90 pontos para mulheres e 100 pontos para homens.

A partir de 2026, a pontuação necessária sobe para 91 pontos para as mulheres e 101 pontos para os homens.

Observação prática: Para a regra de pontos, o tempo mínimo de contribuição continua sendo de 30 anos para mulheres e 35 anos para homens.

Regra de transição do tempo de contribuição + idade mínima (definitiva)

É fundamental saber que a regra de pontos e a da idade mínima progressiva vão convergir com a regra definitiva no futuro.

A regra definitiva de aposentadoria, que não tem transição, exige a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Além da idade, é preciso cumprir o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para ambos os sexos.

Quem começou a trabalhar mais recentemente e não se enquadra nas regras de transição já está, na prática, seguindo a regra definitiva.

Planejamento é essencial

Diante dessas mudanças anuais, o planejamento da aposentadoria se torna uma ferramenta indispensável. Saber exatamente quanto tempo falta para você se aposentar evita surpresas desagradáveis.

É importante verificar todo o seu histórico de trabalho no extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

Você pode conferir o CNIS pelo aplicativo ou site do INSS. Lá estão todos os seus vínculos empregatícios e contribuições.

Se houver erros ou divergências, como períodos sem registro, você precisa buscar a correção o quanto antes. O tempo que você pensa que tem pode não ser o mesmo que o INSS considera.

O papel da regra do pedágio de 100%

Enquanto as regras de idade e pontos progridem, a regra de transição do pedágio de 100% permanece fixa em seus requisitos.

Essa regra exige que você trabalhe o dobro do tempo que faltava para se aposentar na data da reforma (13/11/2019).

Além do pedágio, é preciso ter a idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens.

Para quem pode cumprir o pedágio de 100%, o cálculo do benefício é mais vantajoso, pois o valor é 100% da média de todos os seus salários desde 1994, sem redutores. Por isso, essa regra continua sendo uma excelente opção para muita gente.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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