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Aposentadoria do INSS em 2026 tem novas regras e exige atenção dos trabalhadores

As regras de transição da Previdência Social sofrem alterações anuais que impactam a idade e a pontuação mínima para o benefício.

Planejar a aposentadoria é um dos momentos mais importantes na vida de quem trabalha e contribui mensalmente. No entanto, desde a última grande reforma da Previdência, as regras mudam um pouquinho todo ano, e 2026 não será diferente.

Para quem já está com os papéis quase prontos ou fazendo as contas para pendurar as chuteiras, é fundamental entender essas mudanças. O governo utiliza um sistema de transição que sobe as exigências de forma gradual para não pegar ninguém de surpresa total.

A ideia é que, a cada virada de ano, o trabalhador precise de um pouco mais de idade ou de mais pontos para alcançar o direito ao benefício. Isso atinge diretamente quem começou a contribuir antes de novembro de 2019 e ainda não se aposentou.

Ficar atento a esses detalhes evita que você dê entrada no pedido e receba uma negativa do INSS. Às vezes, por causa de apenas seis meses de diferença na idade, o sonho do descanso remunerado acaba sendo adiado.

Se você está nessa fase da vida, o segredo é o planejamento. Conferir os novos números para 2026 ajuda a ajustar a rota e garantir que, quando o momento chegar, tudo corra da melhor maneira possível.

Aumento na idade mínima progressiva

Uma das alterações mais sentidas pelos segurados é o aumento na idade mínima dentro de uma das principais regras de transição. Em 2026, tanto homens quanto mulheres terão que esperar um pouco mais para completar o requisito etário.

Para as mulheres, a idade mínima exigida sobe para 59 anos e 6 meses. Já para os homens, o critério passa a ser de 64 anos e 6 meses. Em ambos os casos, houve um acréscimo de seis meses em relação ao que era cobrado no ano anterior.

Além da idade, é necessário cumprir o tempo mínimo de contribuição, que permanece em 30 anos para as mulheres e 35 anos para os homens. Sem esse tempo de casa, a idade mínima por si só não libera o benefício nessa modalidade.

Esse aumento gradual vai continuar acontecendo até que a idade final chegue aos 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. É uma escada que subimos ano a ano, exigindo fôlego e paciência de quem está no mercado de trabalho.

A nova pontuação para a regra de pontos

Outro caminho muito utilizado para se aposentar é a chamada regra de pontos. Nela, o INSS soma a sua idade atual com o tempo total de contribuição. O resultado dessa conta precisa atingir uma meta que também sobe anualmente.

Para o ano de 2026, a pontuação necessária para as mulheres será de 93 pontos. Para os homens, a soma deve chegar a 103 pontos. Basta somar os anos, meses e dias de vida com o tempo de carteira assinada ou carnê pago.

Se uma mulher tem 30 anos de contribuição, por exemplo, ela precisará ter 63 anos de idade para atingir os 93 pontos necessários. Se tiver mais tempo de contribuição, pode se aposentar um pouco mais jovem, desde que a soma bata o valor da regra.

É importante lembrar que existe um limite mínimo de tempo de contribuição para entrar nessa conta: 30 anos para elas e 35 anos para eles. Não adianta ter muita idade e pouco tempo de contribuição para tentar essa regra específica.

Regras que permanecem iguais em 2026

Apesar das mudanças nas transições, nem tudo sofre alteração no novo ano. A aposentadoria por idade comum, por exemplo, mantém os critérios que já conhecemos: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Nessa modalidade fixa, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 15 anos para as mulheres e de 20 anos para os homens (para quem começou após a reforma). Para os homens que já estavam no sistema antes de 2019, o tempo mínimo segue sendo de 15 anos.

As regras de pedágio, tanto a de 50% quanto a de 100%, também não mudam seus critérios base de cálculo ou idade em 2026. Elas foram definidas com base no tempo que faltava para a aposentadoria lá no dia da reforma, em 2019.

Saber que essas regras são fixas traz uma certa segurança para quem não consegue atingir a pontuação ou a idade progressiva. Muitas vezes, esperar pela aposentadoria por idade acaba sendo o caminho mais simples e garantido.

Como o valor do benefício é calculado

Entender quanto você vai receber é tão importante quanto saber quando vai se aposentar. O cálculo atual considera a média de todas as suas contribuições desde julho de 1994, sem descartar as menores, como era feito antigamente.

A partir dessa média, o trabalhador recebe 60% do valor, com um acréscimo de 2% para cada ano que ultrapassar o tempo mínimo (15 anos para mulheres e 20 para homens). Para chegar perto dos 100% da média, é preciso contribuir por muito tempo.

Em 2026, o valor do salário mínimo deve ser reajustado, o que aumenta o piso das aposentadorias. O teto do INSS também sobre, acompanhando a inflação, o que é uma boa notícia para quem contribui sobre valores mais altos.

Fazer uma simulação no portal oficial é a melhor forma de visualizar o valor real. Lá, o sistema já puxa todo o seu histórico e mostra o coeficiente que será aplicado dependendo da regra escolhida.

Dicas práticas para não ter problemas

A primeira orientação para qualquer trabalhador é manter o seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) sempre em ordem. Erros de datas ou empresas que não repassaram a contribuição podem atrasar o seu processo em meses.

Muitas vezes, períodos trabalhados em condições insalubres ou no campo podem ser convertidos para aumentar o seu tempo de contribuição. Se você tem esse tipo de histórico, vale a pena buscar documentos como o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) antes de fazer o pedido.

Outra dica de ouro é não deixar para resolver tudo na última hora. Acesse o aplicativo do governo com frequência para conferir se todas as contribuições estão aparecendo. Se faltar algo, você pode pedir a correção antes mesmo de solicitar a aposentadoria.

Organizar a papelada com antecedência e entender em qual regra você se encaixa melhor pode garantir não apenas a aprovação, mas também um benefício com valor mais justo. Afinal, depois de anos de trabalho, a tranquilidade na hora de se aposentar é o que todo brasileiro merece.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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