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Aneel ativa bandeira vermelha 2 e aumenta custo da energia em agosto

O mês de agosto já começa com uma notícia que pode impactar seu bolso: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira tarifária vermelha patamar 2. Isso significa que a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, você vai sentir um acréscimo de R$ 7,87 na conta de luz. Esse é o maior aumento já previsto na tabela de bandeiras tarifárias, e o primeiro do patamar 2 desde outubro de 2021.

Essa mudança se deve ao menor volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, o que força um uso maior das usinas térmicas, que, como a gente sabe, custam mais para operar.

Impacto no IPCA e previsões do mercado

A elevação da tarifa já começa a deixar sua marca nos índices de inflação. A Warren Investimentos revisou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, de uma expectativa de queda de 0,40% para uma diminuição menor, de apenas 0,24%. Segundo a economista Andréa Angelo, o efeito da bandeira tarifária 2 deve adicionar 16 pontos-base à inflação deste mês. Mas, para quem está preocupado, ela aponta que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pode ajudar a aliviar um pouco essa pressão.

Para o final de 2025, a projeção da Warren para o IPCA continua em 4,9%, com os riscos na economia sendo considerados equilibrados.

Energia elétrica pesou na prévia da inflação de julho

A energia elétrica já teve um impacto significativo no IPCA-15 de julho, apresentando uma alta de 3,01%, o que resultou na maior contribuição individual para o índice, somando 0,12 ponto percentual. Desde junho, a Aneel vinha aplicando a bandeira vermelha patamar 1, que já aumentava a conta em R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Com a previsão de chuvas ruins e o aumento do risco hidrológico, a situação justifica a transição para a bandeira 2.

Projeções para frente

A consultoria Armor Energia, que se especializa no mercado livre de energia, já havia previsto o acionamento da bandeira 2 para agosto. Eles acreditam, no entanto, que o cenário pode mudar a partir de setembro, dependendo da situação dos reservatórios.

A arrecadação proveniente das bandeiras tarifárias é importante para cobrir os custos extras na geração de energia. Além do risco hidrológico, o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que é o valor pago pela energia gerada fora do que foi previsto, também tem pressionado o sistema. Isso tudo colabora para a necessidade de bandeiras mais pesadas na conta de luz.

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