Entenda como a rentabilidade do Fundo de Garantia perde para investimentos simples de Renda Fixa e veja opções para fazer seu dinheiro crescer mais.
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é uma reserva financeira importante, mas quando se fala em rentabilidade, ele está longe de ser um bom investimento. O dinheiro parado no Fundo rende muito pouco.
Por isso, o Saque-Aniversário, que permite retirar uma parte do saldo anualmente, abriu uma oportunidade para o trabalhador fazer seu dinheiro crescer de verdade. Tirar o dinheiro do FGTS e aplicá-lo em algum investimento mais rentável é uma estratégia financeira inteligente.
A rentabilidade do FGTS é baixa porque o Fundo tem um rendimento fixo de apenas 3% ao ano, mais a distribuição de lucros. Esse valor fixo mal consegue acompanhar a inflação, o que significa que, na prática, seu dinheiro está perdendo poder de compra.
Ao optar pelo Saque-Aniversário, você consegue acesso a um capital que pode ser transferido para aplicações de Renda Fixa simples, que rendem muito mais e oferecem segurança.
A rentabilidade do FGTS versus Renda Fixa
Para entender a desvantagem do FGTS, basta compará-lo com investimentos de baixo risco que estão disponíveis no mercado.
Muitos produtos de Renda Fixa, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou o Tesouro Selic, rendem um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O CDI costuma acompanhar de perto a taxa básica de juros, a Selic.
Quando a Selic está alta, o CDI também fica elevado, e esses investimentos podem render facilmente mais de 10% ao ano. Esse percentual é muito superior aos 3% do FGTS.
Isso significa que, se você sacar R$ 5.000,00 do Fundo e investir em um CDB que paga 100% do CDI, o seu dinheiro renderá muito mais do que se ficasse parado no FGTS. É uma diferença significativa no longo prazo.
Onde aplicar o dinheiro do Saque-Aniversário
Depois de retirar o dinheiro do FGTS pelo Saque-Aniversário, o primeiro passo é escolher uma aplicação segura de Renda Fixa para começar a investir.
O Tesouro Selic é uma das melhores opções para quem está começando. É um título público com risco baixíssimo, rende a taxa Selic (o que é ótimo em cenários de juros altos) e permite o saque a qualquer momento sem perder o rendimento. É ideal para a sua reserva de emergência.
Outra opção popular são os CDBs com liquidez diária, que também são muito seguros. Você empresta dinheiro para o banco e recebe juros por isso. Procure por CDBs que paguem pelo menos 100% do CDI.
Se você não precisar do dinheiro em pouco tempo, pode buscar por LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio). A grande vantagem delas é que o rendimento é isento de Imposto de Renda para pessoa física.
O cuidado com a Reserva de Emergência
Antes de investir o dinheiro do FGTS, é essencial que você construa ou reforce sua reserva de emergência. Esse valor deve ser suficiente para cobrir seus custos fixos por, no mínimo, seis meses.
A reserva de emergência precisa estar em um investimento com liquidez diária, ou seja, que você possa sacar a qualquer hora sem prejuízo. O Tesouro Selic ou um CDB com liquidez diária são perfeitos para essa finalidade.
Somente depois de ter essa reserva garantida e separada, você pode pensar em investir o restante do saldo do FGTS em aplicações com prazos mais longos.
