Mesmo com avanços na digitalização, parte dos beneficiários ainda corre risco de bloqueio por falta de atualização cadastral ou prova de vida.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que 90% dos aposentados e pensionistas já estão com a situação regularizada em 2025, após realizarem a prova de vida ou atualizarem seus cadastros.
Apesar do avanço, cerca de 10% dos beneficiários seguem em risco de ter pagamentos suspensos nos próximos meses. Esse número representa milhões de brasileiros que dependem exclusivamente da aposentadoria ou da pensão para sustentar suas famílias.
A prova de vida continua sendo um dos processos mais importantes para garantir o acesso aos benefícios, agora com novas formas digitais e automáticas. Ainda assim, quem não cumpre as exigências pode enfrentar bloqueio temporário do pagamento.
Por que o benefício pode ser bloqueado
O risco de suspensão acontece quando o segurado deixa de cumprir exigências básicas do INSS, como:
- não realizar a prova de vida no prazo;
- manter dados pessoais desatualizados;
- ignorar convocações para perícias ou revisões;
- ter inconsistências identificadas em movimentações bancárias.
Essas falhas levam o sistema a suspender o pagamento, que pode ser retomado somente após a regularização.
A prova de vida em 2025
O procedimento serve para comprovar que o beneficiário continua vivo e deve seguir recebendo os pagamentos. Nos últimos anos, ele ganhou versões mais modernas, reduzindo a burocracia.
Hoje, a prova de vida pode ser realizada de três formas:
- Digital: por reconhecimento facial no aplicativo Meu INSS ou Gov.br;
- Bancária: com biometria ou atendimento presencial no banco em que o beneficiário recebe;
- Automática: quando o sistema cruza dados oficiais, como registro em consultas médicas pelo SUS ou vacinação.
Essa digitalização eliminou boa parte das filas nas agências, mas ainda há idosos em áreas sem internet que encontram dificuldades para acessar o recurso.
Quem não precisa ir até a agência
Nem todos os beneficiários precisam estar fisicamente presentes para comprovar vida. Entre os casos dispensados estão pessoas com mais de 80 anos e dificuldades de locomoção, que podem solicitar uma visita domiciliar. Também ficam isentos aqueles que já tiveram vida atestada automaticamente pelo sistema ou realizaram movimentações recentes em bancos credenciados.
O que acontece se o segurado não fizer
Quando a prova de vida não é concluída, o pagamento é bloqueado temporariamente. Caso a situação não seja regularizada em tempo, o benefício pode até ser cancelado.
Se o segurado apresentar os documentos ou concluir o procedimento após o bloqueio, o INSS libera os valores retroativos. A demora, porém, pode comprometer despesas básicas, como alimentação e medicamentos.
Como proteger o benefício
Manter o pagamento em dia depende de alguns cuidados simples:
- acompanhar o calendário oficial do INSS;
- acessar regularmente o aplicativo Meu INSS;
- manter dados pessoais atualizados, como endereço, telefone e conta bancária;
- realizar a prova de vida dentro do prazo estabelecido.
O papel da tecnologia
A tecnologia já se tornou protagonista na atualização cadastral e na prova de vida. Em 2025, mais de 70% dos procedimentos foram feitos de forma digital.
As vantagens incluem mais praticidade, maior segurança contra fraudes e rapidez no atendimento. Por outro lado, a exclusão digital se mantém como obstáculo, principalmente para idosos em locais remotos.
O bloqueio de benefícios é um problema grave para aposentados e pensionistas. Na maioria dos casos, essa é a única fonte de renda da família, usada para pagar contas, comprar alimentos e manter o tratamento de saúde.
Suspensões temporárias causam instabilidade financeira imediata, prejudicando inclusive a economia local em cidades pequenas.
O que fazer em caso de suspensão
Se o benefício for suspenso, o segurado deve consultar o aplicativo Meu INSS ou a Central 135 para descobrir o motivo. Em seguida, realizar a prova de vida, atualizar os dados e pedir a reativação do pagamento.
O valor é liberado integralmente após a regularização, mas cada dia de suspensão pesa no orçamento das famílias, mostrando a importância de não atrasar o procedimento.
O futuro do processo
A expectativa é que, até 2026, a prova de vida seja 100% automática, feita apenas pelo cruzamento de informações oficiais, sem a necessidade de deslocamento.
Esse modelo promete maior inclusão e praticidade, mas o desafio permanece: garantir que todos os segurados, inclusive os que vivem em áreas sem internet, sejam alcançados pelas mudanças.
