Bolsa Família retira 1,3 milhão de famílias da pobreza
O ano de 2025 trouxe uma ótima notícia para o Brasil: 1,3 milhão de famílias deixaram o Bolsa Família. Essa mudança representa uma conquista importante, pois essas famílias conseguiram alcançar a tão sonhada autonomia financeira, graças a empregos formais e a uma vida melhor.
Esse avanço não foi fruto do acaso. Ele é resultado de uma combinação eficaz de políticas públicas que ajudaram a fortalecer o programa de transferência de renda, promover a geração de empregos, valorizar a agricultura familiar e facilitar o acesso a alimentos saudáveis. Como consequência, a fome no país teve uma queda significativa, e o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU.
Bolsa Família tira 1,3 milhão de famílias da pobreza: Os números da transformação
Nos últimos anos, de acordo com dados oficiais, o Brasil criou 1,7 milhão de novas vagas de trabalho com carteira assinada. Para se ter uma ideia do impacto dessa mudança, 98,87% dessas vagas foram ocupadas por pessoas registradas no CadÚnico. Dentre essas, 1,27 milhão eram beneficiários do Bolsa Família.
Essa melhora nas condições de trabalho levou à saída de 1,3 milhão de famílias do programa. Essa situação mostra que o Bolsa Família não é apenas um auxílio financeiro, mas uma verdadeira ponte para a emancipação social e econômica.
O papel do Plano Brasil Sem Fome
Retomada de políticas estruturantes
O Plano Brasil Sem Fome, que começou em 2023, foi fundamental para esse resultado positivo. Ele recuperou programas que estavam paralisados e os conectou de maneira coordenada. Alguns dos principais programas são:
- Programa Bolsa Família: peça essencial para a transferência de renda.
- Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): que impulsionou a agricultura familiar.
- Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): garantindo refeições mais nutritivas para os estudantes.
- Cozinhas solidárias: entregando refeições para comunidades vulneráveis.
- Pronaf: com incentivos voltados para a agricultura familiar.
A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, destaca que o sucesso veio dessa integração: “Todos os programas sozinhos têm sua importância, mas juntos, eles realmente geram transformação”.
Como funciona o Bolsa Família hoje
O novo formato do Bolsa Família trouxe um olhar diferente sobre a justiça social, ajustando o auxílio de acordo com a composição familiar. Aqui estão alguns pontos importados:
- Renda de Cidadania: R$ 142 por cada membro da família.
- Adicional para crianças de 0 a 6 anos: R$ 150.
- Bebês até 6 meses: R$ 50 extras para uma alimentação adequada.
Critérios de entrada e saída
- Entrada: renda per capita de até R$ 218.
- Saída: renda mínima de R$ 706 por pessoa.
A Regra de Proteção
Para garantir que essa transição ocorra de maneira tranquila, existe a Regra de Proteção, que assegura que quem consegue um emprego formal mantenha metade do benefício por até 24 meses. Assim, evita-se que aquelas famílias recém-entradas no mercado de trabalho voltem a depender do auxílio em momentos de instabilidade.
Histórias de superação
Jaqueline Sousa – do reciclável ao emprego formal
Jaqueline, com 38 anos e moradora do Riacho Fundo (DF), é um exemplo de superação. Ao conseguir um emprego formal, ela deixou o Bolsa Família com orgulho. “Não é uma perda, é uma conquista”, afirma.
Priscila Taveira – da beneficiária ao atendimento social
Priscila esteve no programa por 10 anos, até que conseguiu um emprego na Casa da Cidadania, em Careiro da Várzea (AM). Hoje, ela ajuda outras pessoas a acessarem seus direitos.
Dayane Carvalho – independência e dignidade no Amazonas
Dayane, de 30 anos, trabalha em uma Unidade Básica de Saúde e agora consegue sustentar seus filhos com autonomia. “Foi o Bolsa Família que me ajudou até eu chegar aqui”, conta.
Essas histórias mostram que o programa vai além de uma simples ajuda financeira; ele funciona como um trampolim para a autonomia das pessoas.
A importância da proteção social
Eliane Aquino ressalta que o Bolsa Família foi pensado para criar condições de estabilidade. Ele não apenas combate a fome, mas também garante que os cidadãos tenham dignidade enquanto buscam oportunidades no mercado de trabalho.
Caso alguém perca o emprego, o programa garante o retorno automático do benefício, eliminando a burocracia e evitando cortes bruscos na proteção social.
Os desafios da desinformação
Apesar do progresso, ainda enfrentamos desafios. A desinformação e a dificuldade de acesso, principalmente em regiões remotas, limitam que muitas famílias conheçam seus direitos.
De acordo com Aquino, comunidades isoladas sofrem com a falta de internet e o acesso limitado ao CRAS, o que pode dificultar a inclusão. Assim, uma das metas do Plano Brasil Sem Fome é ampliar a rede de atendimento e turbinar a comunicação entre governo, estados e municípios.
Programas conectados: do campo à cidade
Agricultura familiar como motor de inclusão
O PAA comprou mais de 288 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar, movimentando a economia rural e garantindo comida de qualidade para as populações mais vulneráveis.
Alimentação escolar com mais qualidade
O PNAE também teve um papel importante, destinando pelo menos 30% do orçamento para aquisição de alimentos da agricultura familiar. Com isso, milhões de estudantes passaram a ter acesso a refeições mais nutritivas, além de fortalecer as economias locais.
Cozinhas solidárias
Em 2024, mais de 2 mil cozinhas solidárias forneceram refeições para várias comunidades, incluindo bairros periféricos e assentamentos. Esses espaços se tornaram um símbolo da união entre assistência social e segurança alimentar.
Impacto social e econômico
O conjunto dessas políticas resultou em vários avanços significativos:
- Redução da subalimentação para menos de 2,5% da população.
- Inclusão social de milhões de famílias.
- Estímulo à produção local e valorização da agricultura.
- Retorno do Brasil ao grupo de países que têm segurança alimentar consolidada.
Eliane Aquino sintetiza bem a situação: “Se fosse só o Bolsa Família, talvez o resultado não tivesse sido tão rápido. A transformação foi fruto dessa união de esforços”.
O sucesso do Bolsa Família e do Plano Brasil Sem Fome é um exemplo claro de como a articulação entre transferência de renda, empregabilidade, agricultura e alimentação escolar pode efetivamente superar a pobreza. As histórias de pessoas como Jaqueline, Priscila e Dayane nos mostram que essa política social é uma escada para a autonomia e a dignidade. A continuidade desse esforço é fundamental para garantir que cada família brasileira tenha acesso a alimentação, emprego e qualidade de vida.