Cadastro Único 2025: CPF vira chave principal e muda o acesso aos programas sociais
Mudança substitui o NIS pelo CPF como principal identificador no CadÚnico, tornando o sistema mais seguro e facilitando o acesso aos benefícios.
A partir de 2025, o Cadastro Único para programas sociais passa a usar o CPF como única chave de identificação dos beneficiários. Essa atualização promete deixar o sistema mais moderno, seguro e prático.
Com essa mudança, o tradicional número de identificação social (NIS) deixa de ser a principal forma de reconhecer os usuários, afetando milhões de famílias cadastradas no programa em todo o país.
O CadÚnico reúne informações sobre renda, composição e perfil das famílias que acessam benefícios como Bolsa Família, Auxílio Gás e BPC. Com a chegada do CPF como chave, a gestão social ganha agilidade e segurança.
Para quem já está inscrito, a alteração será automática, mas novos cadastros precisarão cumprir regras específicas quanto ao CPF, inclusive para crianças.
O que é o Cadastro Único e para que serve
O Cadastro Único é a plataforma principal para identificar famílias de baixa renda no Brasil. Ele registra dados essenciais como rendimento familiar, número de pessoas, escolaridade e condições de moradia.
Essas informações servem para cruzar dados, conceder direitos e garantir o acesso a programas sociais do governo federal, estadual e municipal.
Entre os benefícios que usam o CadÚnico estão o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.
Mudança do NIS para o CPF: por que está acontecendo
O CPF passou a ser a principal chave de identificação para reduzir fraudes, evitar cadastros duplicados e facilitar o cruzamento de dados públicos.
Com o CPF, o governo quer agilizar consultas, atualizações e o acesso aos serviços digitais que exigem login unificado.
Embora o NIS continue existindo para questões técnicas, ele não será mais usado para consultas, cadastros novos ou atualizações.
Quem vai ser impactado pela mudança
Para quem já está no CadÚnico com o CPF vinculado, não será necessário fazer nada. A atualização ocorre automaticamente nos sistemas.
Já quem for se cadastrar a partir de 2025 precisará informar o CPF de cada pessoa, inclusive crianças. Se não apresentar o documento, terá até 180 dias para regularizar o cadastro.
Quem não regularizar nesse prazo terá o cadastro excluído da base de dados do programa.
Como atualizar ou fazer o cadastro com CPF
A atualização ou cadastro deve ser feito presencialmente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em postos autorizados.
Para isso, o responsável precisa apresentar CPF e documento com foto de todos os membros da família, comprovante de endereço, certidão de nascimento ou casamento e comprovante de renda, quando houver.
O atendimento inclui uma entrevista rápida com agente social para validar as informações antes de concluir o registro.
Benefícios da utilização do CPF no CadÚnico
Com o CPF, consultar dados no aplicativo oficial ou nos portais do governo fica muito mais simples, eliminando a necessidade de decorar o número do NIS.
Além disso, o CPF impede que uma mesma pessoa seja cadastrada em diferentes famílias ou locais, o que aumenta a segurança contra fraudes.
Também facilita a integração com sistemas como Receita Federal, INSS, Saúde e Educação, centralizando acesso com um único login.
Programas sociais que continuam usando o CadÚnico
Mesmo com o CPF como principal identificador, o CadÚnico segue sendo a base para programas como:
- Bolsa Família
- Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Auxílio Gás
- Tarifa Social de Energia Elétrica
- Carteira do Idoso
- Programa Criança Feliz
- Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
Para participar, o CPF deve estar regular e o cadastro atualizado nos últimos 24 meses.
O que será do NIS com a nova regra
Ainda que o CPF assuma o papel central, o NIS permanece para funções operacionais internas e para pagamentos bancários.
No entanto, ele deixa de ser a chave usada para identificar cidadãos em consultas e concessão de benefícios.
Dúvidas comuns sobre a mudança
Se o CPF já estiver cadastrado, não é preciso atualizar o cadastro — a migração é automática.
É possível se cadastrar sem CPF, mas o documento deve ser apresentado dentro de 180 dias, sob pena de exclusão.
Crianças também precisam ter CPF para integrar o cadastro desde 2025.
O número do NIS não será desativado, apenas perderá sua função de chave principal.