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Implanon agora disponível no SUS e terá cobertura obrigatória pelos planos de saúde

Implante contraceptivo de longa duração será distribuído em todo o Brasil e promete ampliar o acesso das mulheres a métodos seguros de prevenção.

O acesso a métodos contraceptivos de longa duração no Brasil acaba de avançar. O Implanon, implante subdérmico que previne a gravidez por até três anos, passou a ser distribuído gratuitamente pelo SUS e também terá cobertura obrigatória pelos planos de saúde em todo o país.

A decisão integra a estratégia do Ministério da Saúde de ampliar o planejamento familiar e garantir mais opções às mulheres que buscam alternativas seguras e práticas para evitar uma gravidez não planejada. A meta é distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026.

Usado amplamente em diversos países, o Implanon ganha destaque pela eficácia. Ele tem taxa de falha inferior a 1%, comparável ao DIU, outro método de longa duração. Para muitas mulheres, representa uma forma de proteção contínua sem a preocupação de lembrar a pílula todos os dias.

Como funciona o Implanon

O dispositivo consiste em um pequeno bastão flexível, inserido sob a pele do braço. Ele libera, de forma gradual, o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação e dificulta a passagem dos espermatozoides.

A colocação é feita em consultório, por um médico treinado, em um procedimento rápido e minimamente invasivo. Após a inserção, a proteção começa imediatamente e dura até três anos.

Indicação para diferentes perfis de mulheres

O implante pode ser usado por adolescentes, mulheres no pós-parto e por quem tem restrições ao uso de métodos com estrogênio, como as pílulas combinadas. Também é uma opção prática para quem já enfrentou falhas em métodos tradicionais.

Outro ponto valorizado é a reversibilidade. Assim que o dispositivo é retirado, normalmente no próprio consultório, a fertilidade retorna rapidamente, permitindo engravidar se a mulher desejar.

Vantagens sobre os métodos tradicionais

Entre os pontos mais destacados pelas especialistas estão a segurança, a longa duração e a praticidade. Enquanto pílulas, adesivos e injeções exigem disciplina no uso e estão sujeitos a esquecimentos, o implante garante proteção contínua sem esforço extra da paciente.

Na rotina, essa diferença tem um impacto expressivo. Basta lembrar que atrasar uma injeção ou esquecer uma cartela de pílula pode comprometer a eficácia. O implante, por outro lado, reduz o risco de falhas humanas.

Possíveis efeitos colaterais

Como qualquer método hormonal, o Implanon não está livre de reações. Algumas mulheres podem enfrentar mudanças no ciclo menstrual, como sangramentos irregulares ou ausência da menstruação. Também podem surgir dores de cabeçasensibilidade nos seios e variações de humor.

Por isso, é essencial conversar com o médico antes da escolha. Esse cuidado ajuda a avaliar se o implante é a alternativa mais adequada para cada perfil de paciente.

Um marco no planejamento familiar

oferta pelo SUS e a obrigatoriedade na cobertura dos planos de saúde reforçam a importância de se ampliar o acesso a métodos de longa duração no Brasil.

Com essa medida, especialistas acreditam que será possível reduzir casos de gravidez não planejada e, indiretamente, diminuir índices de mortalidade materna.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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