Quatro registros pouco conhecidos ajudam trabalhadores a antecipar a aposentadoria e ainda elevam o valor recebido pelo INSS.
Muitos trabalhadores sonham em se aposentar antes do tempo, mas desconhecem que a lei oferece alternativas capazes de antecipar esse direito. São documentos simples, mas que fazem toda a diferença no cálculo do INSS e ainda podem aumentar o valor da aposentadoria.
De acordo com especialistas em direito previdenciário, quatro registros pouco usados permitem reconhecer situações que aceleram o tempo de contribuição. Dependendo do caso, a aposentadoria pode chegar até oito anos mais cedo.
Outro ponto importante é que esses documentos não apenas reduzem o tempo de espera. Eles também aumentam o valor final do benefício, garantindo mais segurança para quem se dedica anos ao trabalho.
Na prática, ter acesso a informações como essa é um verdadeiro trunfo. Afinal, muitas pessoas acabam se aposentando com valores menores do que teriam direito apenas por não apresentarem provas já previstas em lei.
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Quais são os quatro documentos
Entre os papéis que fazem toda a diferença estão o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), a carteira de trabalho com vínculos anteriores a 1995, a certidão de serviço militar e o relatório médico que comprove deficiência.
Cada um deles abre um caminho diferente para adiantar a aposentadoria, seja pelo reconhecimento de atividade especial, pelo tempo em funções específicas ou por condições de saúde e serviço militar.
PPP: Perfil Profissiográfico Previdenciário
O PPP é preenchido pela empresa e mostra se o trabalhador ficou exposto a situações nocivas, como ruídos altos, calor extremo, produtos químicos ou eletricidade acima de 250 volts.
Com esse documento, o tempo de serviço pode ser contado de forma diferenciada. Isso permite ao segurado se aposentar mais cedo e com valor superior ao que teria no cálculo comum.
Muitos trabalhadores enfrentam um problema nessa etapa: empresas omitem informações para evitar responsabilidades. Quando isso acontece, é possível recorrer judicialmente para corrigir os dados e garantir os direitos.
Carteira de trabalho com vínculos até 1995
A carteira de trabalho também pode adiantar a aposentadoria. Isso porque, até abril de 1995, diversas profissões eram enquadradas automaticamente como atividade especial.
Médicos, enfermeiros, eletricistas, dentistas, pedreiros da construção civil e trabalhadores da indústria cerâmica, por exemplo, já tinham direito a contagem diferenciada apenas por exercer suas funções.
Se a carteira comprovar vínculos nesse período, o segurado não precisa apresentar o PPP para adiantar o benefício.
Certidão de serviço militar
Homens que serviram às Forças Armadas podem usar a certidão de serviço militar como tempo de contribuição para o INSS. Esse período aumenta a soma final e pode adiantar a aposentadoria.
Mesmo quem perdeu o documento original pode solicitar a segunda via junto às próprias Forças Armadas. É um direito muitas vezes esquecido, mas que traz impacto direto no cálculo da aposentadoria.
Relatório médico de deficiência
O último documento é o relatório médico que comprove deficiência. Trabalhadores nessa condição têm direito a regras especiais, que reduzem o tempo necessário de contribuição ou idade para se aposentar.
Cada ano contabilizado como pessoa com deficiência pode adiantar ainda mais a concessão do benefício. Em alguns casos, quando somado ao tempo de atividades insalubres, a redução é ainda maior.
Essa possibilidade garante não só uma aposentadoria antecipada, mas também um valor mais justo.
Vale a pena buscar esses registros
Embora muitos trabalhadores desconheçam esses mecanismos, cada um desses documentos pode representar anos de vantagem e rendimentos mais altos.
Especialistas destacam que, diante de dúvidas ou negativas do INSS, procurar orientação profissional é fundamental. Isso porque, mesmo que o órgão não reconheça de imediato, a Justiça já tem garantido o direito de segurados que apresentam os documentos corretos.
