A TV aberta acaba de entrar em uma nova fase e promete entregar ao público algo que parecia exclusivo das plataformas pagas de streaming. Trata-se da TV 3.0, também chamada de DTV+, que combina o sinal aberto com a internet a fim de oferecer qualidade de cinema e recursos interativos. Ou seja, estamos falando de uma televisão com cara de streaming, mas sem perder a gratuidade.
Na prática, isso significa que o telespectador poderá pausar um programa, voltar para rever uma cena ou até salvar o conteúdo para assistir mais tarde. A promessa é que até mesmo compras online poderão ser feitas diretamente na tela, a saber, durante a exibição de novelas, jogos de futebol ou reality shows. É como se a televisão deixasse de ser apenas transmissora e passasse a ser também uma plataforma digital.
Esse “combo free” chama a atenção porque, além de manter o 0800 tradicional, traz funções que antes só eram possíveis mediante assinatura. O resultado é um avanço tecnológico que pode prolongar a vida útil da TV aberta e, ao mesmo tempo, aproximá-la dos hábitos modernos de consumo de mídia.
TV aberta com cara de streaming: o que realmente muda
A TV 3.0 entrega melhorias evidentes de imagem e som. O sinal terá suporte a HDR, cores mais vivas e resolução 4K, com possibilidade de 8K em aparelhos compatíveis. No áudio, a experiência será mais imersiva, isto é, permitirá que o usuário escolha se quer ouvir apenas a torcida em um estádio ou a narração oficial da emissora.
Outro ponto é a acessibilidade, que ganhará recursos aprimorados, como legendas dinâmicas, audiodescrição e tradução em Libras mais integrados. A fim de tornar a experiência ainda mais personalizada, cada canal terá um hub próprio, semelhante a aplicativos de streaming, substituindo a antiga troca numérica de canais.
Perdeu parte da novela? Será possível reiniciar do começo com apenas um clique. Quer votar no reality show? Poderá fazer isso diretamente pela TV. Ou seja, a tradicional “zapeada” dá lugar a um menu digital completo, no qual cada emissora poderá oferecer interações exclusivas.
Vale a pena? Custos, privacidade e futuro da TV 3.0
Para quem está preocupado com custos, a princípio não será necessário comprar uma nova televisão. Bastará um conversor compatível, semelhante ao que ocorreu na transição para o sinal digital. Os novos aparelhos devem vir com a tecnologia embutida nos próximos anos, mas até lá, os adaptadores serão a porta de entrada.
Por outro lado, há pontos de atenção. Como a TV 3.0 aprenderá o perfil de consumo do usuário, também será uma vitrine para publicidade direcionada. Isso levanta debates sobre privacidade, já que os dados de uso poderão ser coletados para personalizar anúncios e conteúdos. A saber, esse será um dos grandes desafios da nova tecnologia.
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Acredita-se que a transição leve cerca de 15 anos para ser concluída em todo o território nacional. Até lá, a TV aberta deve ganhar sobrevida, com uma experiência híbrida entre sinal gratuito e funções digitais. Em resumo: quem quiser apenas assistir terá imagem e som melhores, e quem conectar à internet desbloqueará um pacote de diversão sob demanda.
