INSS suspende pagamentos pela Crefisa após queixas e dificuldades para beneficiários
Banco Crefisa deixa de fazer repasses temporariamente; beneficiários devem mudar para outra instituição para receber seus benefícios.
O INSS anunciou em agosto de 2025 que o Banco Crefisa está temporariamente suspenso de realizar o pagamento de aposentadorias e pensões. A decisão veio após inúmeras reclamações de beneficiários que enfrentaram dificuldades para acessar seus recursos.
O presidente do INSS, Gilberto Waller, classificou a situação como um verdadeiro sofrimento para os segurados, que encontraram problemas variadas na hora de receber o benefício.
Por que os pagamentos pela Crefisa foram suspensos?
A suspensão aconteceu após diversos relatos negativos sobre o atendimento prestado pelo banco. Antes da decisão, a Crefisa já era monitorada pelo INSS por causa dessas queixas constantes.
Entre os principais problemas destacados estão:
- Atendimento difícil, tanto presencial quanto pelo telefone
- Falta de caixas eletrônicos da Crefisa nas localidades, obrigando aposentados a irem até as agências
- Impossibilidade de transferir o benefício para outro banco de forma simples
- Oferta de empréstimos com taxas de juros consideradas elevadas
O que isso significa para os beneficiários?
A Crefisa pagava cerca de 1,7 milhão de aposentadorias e pensões — aproximadamente 4,25% de todos os benefícios do INSS. Só no primeiro semestre de 2025, o banco repassou cerca de R$ 25 bilhões aos segurados.
Com a suspensão, quem recebia por lá precisará migrar o benefício para outro banco indicado pelo INSS. Essa troca pode gerar algum atraso ou burocracia no começo, mas não interfere na continuidade do pagamento do benefício.
Investigação de fraudes e ressarcimento
A decisão da suspensão se deu em meio a uma operação conjunta da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União que descobriu esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
O INSS informou que o processo de ressarcimento das vítimas desse esquema está em andamento e deve continuar até pelo menos 14 de novembro de 2025, podendo haver prorrogação dependendo da investigação.