O governo federal lançou uma iniciativa que promete facilitar a vida de quem precisa tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas enfrenta dificuldades com os custos. A nova CNH Social garante que pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) possam obter a habilitação gratuitamente até 2028.
Essa medida vai muito além de simplesmente tirar uma carteira na faixa. Ela é uma porta aberta para quem quer mais autonomia e opções no mercado de trabalho. Afinal, ter a CNH em mãos muitas vezes é o primeiro passo para conseguir um emprego ou até mesmo abrir o próprio negócio. A ideia é que o benefício vale para toda a etapa, desde o exame teórico até a entrega do documento.
Quem pode aproveitar essa chance
O foco é nas famílias com renda até meio salário mínimo por pessoa — hoje, isso dá cerca de R$ 759. Com essa regra, a expectativa é que o programa ajude muita gente que antes ficava de fora justamente por não ter dinheiro para bancar as taxas da habilitação.
O governo vai usar parte do dinheiro arrecadado com multas de trânsito para financiar o programa, uma forma de garantir que essa oportunidade chegue a quem mais precisa.
Como vai funcionar
Cada estado terá seus próprios editais para inscrição, critérios e prazos, mas o processo vai seguir a mesma linha nacional. Alguns estados já têm programas parecidos, como o Pará com o “CNH Pai D’égua”, o Ceará com a “CNH Popular”, e o Mato Grosso do Sul, que lançou o “CNH MS Social”. A CNH Social nacional se inspira nessas iniciativas para ampliar o alcance.
O governo estima que mais de 350 mil pessoas serão beneficiadas já no primeiro ano, e a intenção é chegar a 1 milhão de habilitações até 2028. Imagine o impacto: mais vagas de emprego, especialmente em áreas que dependem da mobilidade, como transporte, entregas e logística.
O que muda na vida das pessoas
Além de ampliar as chances de conseguir trabalho, a CNH Social ajuda a reduzir desigualdades regionais. Em muitas comunidades do interior e municípios pequenos, a carteira de motorista é o documento essencial para pilotar motos e dirigir veículos leves, fundamentais para o dia a dia e para acessar lugares distantes.
Para pessoas que muitas vezes têm que enfrentar barreiras econômicas, como mulheres negras, chefes de família e moradores de periferias, o programa representa um avanço importante. Ter a CNH pode ser o começo de uma nova fase, com mais independência e oportunidades.
Iniciativas sociais que caminham junto
O programa da CNH Social entra em um contexto maior de ações sociais do governo que também têm foco em justiça social e inclusão.
Por exemplo, houve avanços no combate à fome, com a reativação de conselhos e programas para garantir alimento na mesa de milhões de brasileiros. O Bolsa Família voltou a ter um valor mínimo maior, o que ajudou milhões a saírem da pobreza.
Na área de moradia, programas populares de habitação foram ampliados para atender famílias de baixa renda, e quem recebe Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada tem isenção nas parcelas. Na saúde, campanhas para eliminar doenças infecciosas continuam em andamento, buscando melhorar a qualidade de vida da população.
Com a CNH Social, o acesso à mobilidade e independência caminha lado a lado com essas outras frentes de cidadania e direitos, alcançando familiares, comunidades e trazendo mudanças no cotidiano de muita gente.
