Os golpes em caixas eletrônicos estão se tornando cada vez mais elaborados e difíceis de identificar. Um dos mais comuns é o chamado Golpe do Falso Suporte Técnico. Nesse tipo de fraude, os bandidos induzem a própria vítima a ligar para eles, acreditando que estão buscando ajuda. Vamos entender melhor como funciona essa armadilha e como se proteger.
O que é o golpe do falso suporte técnico?
Esse golpe acontece quando criminosos colam adesivos com um número de telefone 0800 falso em um caixa eletrônico. Se um cliente enfrenta alguma dificuldade, mesmo que pequena, ele pode acabar ligando para essa “central de ajuda”, pensando que é um canal oficial do banco.
O objetivo é claro: o golpista, atuando como atendente, tenta convencer a vítima a fazer algo que comprometa a segurança dela. Isso pode incluir passar senhas ou realizar transferências diretamente para os bandidos.
Como os golpistas aplicam o golpe?
A execução desse golpe é bem planejada. Primeiro, o criminoso afixa um adesivo que parece legítimo, com um número 0800, sobre os contatos de ajuda do banco no caixa eletrônico. Às vezes, eles ainda podem travar a saída do dinheiro ou a entrada do cartão para criar uma situação de urgência.
Quando a vítima liga, é recebida por um “técnico de suporte” que a orienta a realizar diversos “testes”. Isso pode incluir inserir o cartão e digitar a senha para “verificar a conexão” ou até mesmo fazer um Pix pequeno para uma “conta de teste do banco”. Na verdade, esse dinheiro vai direto para os golpistas.
Quais são os principais sinais de alerta?
Um grande sinal de alerta é a presença de um número de telefone colado em um adesivo em um terminal. Os números oficiais do banco costumam estar impressos diretamente na máquina ou aparecer em sua tela.
Desconfie imediatamente se alguém, por telefone, pedir para você realizar transações financeiras, mesmo que sejam de baixo valor. Nenhum banco confiável solicita esse tipo de procedimento. E lembre-se: um atendente nunca vai pedir sua senha ou dados do cartão ao telefone.
Quem é o público-alvo mais comum deste golpe?
Essa fraude pode atingir qualquer um, mas as pessoas que ficam inseguras ou impacientes diante de problemas tecnológicos são alvos preferenciais. As vítimas são frequentemente seduzidas pela confiança em canais que parecem oficiais, buscando resolver problemas rapidamente. Especialmente aqueles com menos conhecimento sobre procedimentos bancários acabam sendo mais vulneráveis.
Fui vítima! O que fazer se isso acontecer?
Se você ligou para um número suspeito e seguiu as orientações do golpista, é fundamental agir rápido.
Ligue para o banco pelo número oficial: Interrompa imediatamente a ligação com o golpista e, em um local seguro, contate o número de atendimento do seu banco, que está no verso do seu cartão. Explique a situação e solicite o bloqueio da sua conta.
Conteste transações fraudulentas: Se fez uma transferência via Pix, peça ao seu banco para abrir o MED (Mecanismo Especial de Devolução). Caso tenha fornecido sua senha e notado compras suspeitas, conteste essas transações.
Preserve as informações do golpe: Se for seguro, anote ou tire uma foto do número que estava no adesivo do caixa eletrônico. Essa informação pode ser crucial para a polícia.
Registre um boletim de ocorrência (B.O.): Com todos os dados em mãos, vá à Polícia Civil e registre o crime de estelionato.
Altere suas senhas: Após resolver a situação com o banco, é bom alterar a senha do seu cartão e a do aplicativo.
Dicas de prevenção: como se proteger sempre?
Confiança é a chave. Confie somente nos canais de comunicação que você já conhece. Tenha o número oficial do seu banco salvo na agenda e consulte apenas os dados impressos no verso do seu cartão ou no site oficial.
Evite ligar para números que aparecem em adesivos ou cartazes em caixas eletrônicos. Além disso, saiba que um banco nunca vai pedir que você faça pagamentos ou transferências em caso de falha no terminal. Se sentir dúvida, cancele a operação e procure outro caixa.
Mantenha-se seguro e informado
Os golpistas se aproveitam do nervosismo e da frustração das pessoas. A melhor defesa é manter a calma e desconfiar de qualquer ajuda que pareça fora do comum. Sua segurança depende de utilizar apenas os caminhos oficiais e estar sempre atento a procedimentos suspeitos.
