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Decisão sobre IOF impacta orçamento de 2026, afirma Haddad

O Orçamento de 2026 está no centro das atenções, principalmente por conta da decisão sobre o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em uma conversa descontraída, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a expectativa de um superávit primário de 0,25% do PIB. Essa meta é desafiadora, mas a equipe econômica acredita que, se os Três Poderes trabalharem juntos, é possível chegar lá.

Haddad também abordou a relação entre o governo e a oposição. Embora tenha notado alguns sinais de sabotagem por parte da oposição, ele se mostrou otimista. “As pessoas sabem que estamos no caminho certo e que existe um pacto em torno do arcabouço fiscal”, afirmou. Para ele, essa colaboração é essencial para um futuro financeiro mais sólido.

Outro ponto importante que o ministro levantou foi a disputa entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ressaltou que essa briga não leva a lugar algum e que é urgente buscar uma “maior honestidade intelectual” para melhorar o cenário fiscal do país. Haddad se comprometeu a defender a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o IOF, mas garantiu que essa escolha não é inconstitucional, mesmo que alguns advogados apontem que o uso do imposto tem como foco o aumento da arrecadação, o que poderia configurar inconstitucionalidade.

Projeto do Imposto de Renda

Sobre o Projeto de Lei do Imposto de Renda (IR), Haddad está confiante. Ele acredita que a proposta deve ser aprovada com uma ampla maioria no Congresso. Segundo o ministro, a oposição terá mais dificuldades em rejeitar essa ideia, já que medidas parecidas foram apoiadas anteriormente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), tem mantido um bom fluxo de comunicação com o governo, seja por mensagens, telefonemas ou reuniões presenciais. Isso tem ajudado a alinhar expectativas e facilitar o diálogo.

No entanto, Haddad não deixou de criticar a atuação do ex-presidente Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à política internacional. Para ele, a postura de Bolsonaro favoreceu os Estados Unidos em detrimento do Brasil. Ele citou as tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros como um exemplo claro disso. “Fomos tarifados pelos EUA sendo deficitários, e Bolsonaro acha normal Trump taxar o Brasil”, disse. Para Haddad, essa visão enfraquece a posição do Brasil no comércio exterior.

O ambiente econômico e político está em movimento, e todas essas questões serão fundamentais para o futuro do país.

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