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Primo Rico: Brasil pode enfrentar a maior transferência de riqueza

A oportunidade de investir no Brasil nunca esteve tão em alta, segundo Thiago Nigro, o criador do canal O Primo Rico. Ele tem mais de 7 milhões de inscritos no YouTube e traz análises sobre o cenário econômico que interessam a muitos brasileiros. Uma de suas previsões é que a possível queda da taxa de juros pode levar a uma das maiores transferências de riqueza no país. Ele cita momentos semelhantes do passado, quando a redução da Selic fez o mercado de ações e os fundos imobiliários dispararem.

Thiago ainda observa que muitos brasileiros não estão cientes de como se posicionar nesse momento tão estratégico. Ele critica a falta de informação que bancos e corretoras oferecem, muitas vezes priorizando interesses próprios em vez de ajudar o investidor. O recado que ele deixa é claro: entender a dinâmica dos juros pode resultar em bons frutos financeiros. O objetivo dele é ajudar o público a construir patrimônio de maneira constante, aproveitando ativos que costumam se valorizar quando os juros caem.

Quais ativos podem se beneficiar dessa oportunidade de investimento no Brasil?

De acordo com O Primo Rico, ações de empresas sólidas têm boas chances de se valorizar quando os juros caem. Isso porque o custo de financiamento diminui, facilitando a expansão dos negócios. Os fundos imobiliários também podem ganhar força, pois muitos investidores buscam rentabilidade maior com a renda fixa se tornando menos atrativa. Essa mudança de foco traz vantagens para ativos que oferecem dividendos e valorização em longo prazo.

Na área da renda fixa, títulos prefixados e aqueles atrelados à inflação, como o Tesouro Renda Mais, também podem ser beneficiados. Se comprados antes que os juros caiam completamente, esses ativos podem se valorizar, aumentando o preço de venda no futuro. Contudo, é crucial lembrar que nenhum investimento é isento de riscos. Todo investidor deve analisar seu perfil, prazo e objetivos financeiros antes de aplicar seu dinheiro.

Por que a queda da Selic influencia tanto os investimentos?

A taxa Selic, definida pelo Banco Central do Brasil, serve como uma referência para a economia, influenciando financiamentos e aplicações financeiras. Quando a Selic diminui, o crédito fica mais barato, o que pode aumentar o consumo e beneficiar as empresas, impulsionando o crescimento do PIB. Esse efeito costuma mexer com o mercado, já que produtos de renda fixa se tornam menos atrativos, fazendo com que os investidores busquem alternativas como fundos imobiliários, ações e debêntures.

O ciclo de queda da Selic já foi observado entre 2016 e 2020, quando a taxa caiu de 14,25% para 2%, levando a uma alta considerável no mercado de capitais. É bom lembrar, porém, que o mercado financeiro é dinâmico e não há garantias de que esse cenário se repetirá.

Como proteger seu patrimônio ao investir nesse cenário?

Thiago enfatiza a importância de estudar bem cada ativo e diversificar os investimentos. Isso significa espalhar os recursos entre diferentes classes, como renda variável, renda fixa e fundos imobiliários. Essa abordagem ajuda a reduzir riscos e a amenizar perdas, caso o mercado enfrente instabilidade.

Outro aspecto essencial é entender o próprio perfil de risco. Mesmo em momentos de queda dos juros, produtos mais arriscados podem apresentar oscilações que não são confortáveis para todos. Portanto, conhecer sua tolerância a perdas e o horizonte dos investimentos é fundamental para tomar boas decisões financeiras.

O Tesouro Renda Mais vale a pena nesse momento?

O Tesouro Renda Mais foi lançado em 2023 com a ideia de garantir uma renda complementar na aposentadoria, atrelada à inflação. Com a expectativa de queda dos juros, o preço desses títulos pode se valorizar se a compra for feita antes do ciclo de queda. Isso permitiria que o investidor vendesse com um ágio no futuro. Porém, essa estratégia envolve riscos de mercado e não deve ser vista como uma promessa de lucro garantido.

Dados do Tesouro Direto mostram que o resgate antecipado pode resultar em ganhos ou perdas, dependendo de quando você decidir vender. Por isso, Thiago sugere que se estude bem o funcionamento do produto e o considere apenas como parte de uma carteira diversificada e de longo prazo, evitando decisões por impulso motivadas por especulações de curto prazo.

Por que o Primo Rico critica a falta de informação de bancos e corretoras?

Thiago não tem medo de criticar as instituições financeiras tradicionais, dizendo que muitas vezes elas não dão a devida atenção a produtos que oferecem menos lucro para elas mesmas. É comum que bancos e corretoras priorizem produtos que geram mais receita de taxas e comissões, deixando de lado alternativas como o Tesouro Direto ou fundos imobiliários, que podem ser mais vantajosos para o investidor.

Essa situação prejudica aqueles que buscam maior independência financeira e conhecimento para investir de forma mais acertada. Canais educativos, então, se tornam essenciais, pois ajudam a espalhar informações que nem sempre chegam de forma clara ao público em geral. A educação financeira é uma ferramenta poderosa para evitar decisões precipitadas e aumentar os ganhos em tempos de mudanças econômicas.

É hora de se preparar para a maior transferência de riqueza da história?

Se as previsões de Thiago se concretizarem, a redução estrutural dos juros no Brasil poderá, de fato, gerar uma redistribuição grande de patrimônio, especialmente para quem já estiver investido em ativos de qualidade. Ciclos de corte de juros tendem a valorizar ações, fundos imobiliários e certos títulos públicos, mas é importante agir com cautela.

Neste momento, estudar, ter disciplina e pensar a longo prazo são fundamentais para navegar pelas oscilações do mercado e se beneficiar de oportunidades sem depender de previsões perfeitas. Existe uma chance, mas a responsabilidade de tomar decisões bem informadas cai nas mãos de cada um.

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