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Benefício extraordinário de transição: milhares ainda podem receber e não sabem

Milhares têm direito ao benefício extraordinário de transição e não sabem. Veja quem recebe, como verificar e o que fazer para não perder o valor.

Milhares de pessoas ainda podem receber o benefício extraordinário de transição, mas não sabem disso. Criado como um complemento temporário, o valor foi disponibilizado para quem foi prejudicado com a mudança das regras do Auxílio Brasil para o Bolsa Família. Mesmo após a transição, o pagamento ainda continua para algumas famílias.

Esse benefício serve como um apoio adicional. Ele garante que nenhum beneficiário receba menos do que recebia no programa anterior. Muitas famílias, ao fazer a migração de um programa para outro, perceberam uma redução no valor total. Para evitar esse corte imediato, o Governo criou essa compensação.

O pagamento extra funciona como um valor complementar. Ele é calculado com base na diferença entre o que a pessoa recebia no Auxílio Brasil e o que passou a receber com o Bolsa Família. Enquanto houver essa diferença, o benefício extraordinário de transição continuará ativo para a família.

Muitas pessoas deixaram de acompanhar essa atualização e, por isso, podem nem saber que têm direito. Como o valor entra junto com o Bolsa Família, sem uma explicação clara no extrato, muita gente não percebe que está recebendo ou deixou de receber o valor extra.

Benefício extraordinário de transição ainda está ativo: veja quem pode receber. (Foto: Jeane de Oliveira).

Quem ainda tem direito ao benefício extraordinário de transição?

As famílias que, com a mudança para o novo Bolsa Família, passaram a receber menos do que recebiam no Auxílio Brasil têm direito a esse benefício. O sistema analisa os dados automaticamente e calcula se existe diferença entre os dois valores. Se houver, o valor complementar é liberado.

Para continuar recebendo, a família precisa estar com o Cadastro Único atualizado. Além disso, é preciso cumprir as regras do programa, como manter a frequência escolar dos filhos, acompanhar a vacinação e comparecer às consultas de pré-natal, no caso das gestantes.

Mesmo que o nome do benefício não apareça de forma clara no extrato, ele é incluído automaticamente no valor final. Por isso, é importante acompanhar com atenção o total recebido. Se o valor diminuir de um mês para o outro sem explicação, pode ser que o complemento tenha sido cortado.

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Como saber se você está recebendo esse benefício?

A forma mais prática de verificar é pelo aplicativo do Bolsa Família ou pelo Caixa Tem. Ao acessar, você consegue ver o valor total do benefício pago no mês. Se o valor estiver diferente do mês anterior, vale conferir se o complemento ainda está ativo.

Também é possível tirar dúvidas nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). Os atendentes podem explicar se a família ainda tem direito ao benefício extraordinário de transição ou se houve alguma mudança que suspendeu o pagamento.

Além disso, manter o CadÚnico atualizado aumenta as chances de continuar recebendo todos os valores devidos. Quando há alguma inconsistência nos dados, o sistema pode bloquear ou cortar partes do benefício sem aviso prévio. Por isso, a atualização regular é essencial.

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Por que muitas pessoas não sabem que têm direito?

cMuitas famílias ainda têm direito ao benefício extraordinário de transição e não sabem. (Foto: Jeane de Oliveira).

O principal motivo é a falta de informação clara sobre o benefício. Como ele aparece somado ao valor do Bolsa Família, sem destaque no extrato, a maioria dos beneficiários não nota que está recebendo um valor extra. Isso dificulta a identificação de mudanças ao longo dos meses.

Outro problema é que muitas famílias não acompanham os canais oficiais do programa. Como o Governo não envia aviso direto sobre esse tipo de benefício, os repasses acontecem de forma automática. Assim, quem não acompanha as notícias pode perder o pagamento sem perceber.

Além disso, como o valor depende da diferença entre os programas, nem todo mundo entende como ele é calculado. Por isso, surgem dúvidas e confusões, principalmente em comunidades onde o acesso à internet e à informação é limitado. A falta de clareza prejudica o acesso ao direito.

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