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13º salário do BPC: projeto de lei anima beneficiários que sonham em receber abono

Novo projeto de lei propõe o pagamento de um 13º salário para beneficiários do BPC, visando ampliar a proteção social. Entenda os detalhes e acompanhe a tramitação.

Milhões de brasileiros que vivem com o mínimo aguardam novidades sobre um tema que pode mudar a realidade de fim de ano: o possível pagamento de um valor extra junto ao benefício que recebem todo mês.

As conversas sobre o abono de dezembro avançaram em 2025, reacendendo a esperança de quem depende do BPC. Com a chegada do segundo semestre, a atenção se volta para as decisões em Brasília.

O projeto de lei em questão propõe que o pagamento de dezembro inclua mais do que o valor habitual, especialmente para idosos e pessoas com deficiência que já vivem com pouco mensalmente.

13º salário do BPC: projeto de lei anima beneficiários que sonham em receber abono
Idosos e pessoas com deficiência estão na expectativa de receber 13° salário do BPC. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

O que o projeto prevê para o BPC

Enquanto os parlamentares discutem o tema, famílias de baixa renda tentam manter o básico. Um reforço financeiro nessa época do ano, marcada por despesas maiores, traria mais fôlego e alívio nas contas.

O Projeto de Lei 6394/2019 propõe que idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada também tenham direito a um pagamento extra no mês de dezembro, semelhante ao 13º salário pago aos aposentados. Hoje, o BPC não conta com esse extra.

Dessa forma, o valor seria igual ao salário mínimo do ano vigente. Em 2025, isso representaria R$ 1.518 a mais no mês de dezembro para quem já enfrenta gastos pesados com alimentação, saúde e moradia. Segundo dados oficiais, mais de 5 milhões de brasileiros vivem com o BPC.

A proposta também alcança os beneficiários do Bolsa Família, ampliando o alcance da medida para mais de 20 milhões de famílias. Se aprovado, o pagamento aconteceria todos os anos, sempre no fim do ano, sem a necessidade de renovação do projeto.

Veja também: Ataque ao BPC! Idosos correm risco de perder R$ 400 do benefício por este motivo

Como anda a tramitação no Senado

O texto do projeto está nas mãos do senador Fabiano Contarato, que analisa os pontos e os possíveis ajustes. Depois de aprovado na Comissão de Assuntos Sociais, o projeto segue para o plenário do Senado. Em seguida, passa pela Câmara dos Deputados.

O caminho ainda depende de negociações políticas e da definição de uma fonte de recursos. A proposta já enfrenta questionamentos sobre o custo total para os cofres públicos. Só para o BPC, o valor ultrapassaria os R$ 7 bilhões.

Mesmo com os desafios, a pressão popular e a mobilização de entidades de apoio aos idosos e pessoas com deficiência vêm ganhando força. Audiências públicas, campanhas nas redes e petições online colocam o tema no centro das discussões do Congresso.

Enquanto aposentados, pensionistas e segurados de auxílios temporários recebem o pagamento extra, quem vive com o BPC ainda não tem esse direito. Isso acontece porque o BPC não é um benefício previdenciário, ou seja, ele não exige contribuição anterior ao INSS.

Mesmo assim, o benefício tem caráter social e cumpre uma função importante: ajudar quem não pode trabalhar ou já passou da idade produtiva e vive em condição de pobreza. O pagamento mensal segue o valor do salário mínimo, atualmente R$ 1.518.

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Possíveis efeitos na economia

A desigualdade entre os grupos alimenta a discussão sobre justiça social. Para os defensores do projeto, não faz sentido manter a diferença de tratamento entre quem recebe do INSS e quem vive com o mínimo pelo BPC.

Além do mais, a liberação de um valor extra no mês de dezembro para esse público específico pode movimentar o comércio local. Cidades pequenas, onde o dinheiro do BPC representa grande parte da renda das famílias, sentiriam um aquecimento nas vendas de alimentos, roupas e produtos básicos.

Da mesma maneira, o pagamento extra ajudaria a reduzir a busca por empréstimos. Muitas famílias acabam entrando em dívidas para cobrir gastos de fim de ano. Com o abono, poderiam quitar contas e começar o novo ano em situação mais estável.

O Ministério da Economia estuda formas de viabilizar o projeto. Uma das ideias é criar um fundo específico para custear o abono. Outra possibilidade envolve o redirecionamento de recursos dentro do próprio orçamento social.

Veja também: Tem direito ao BPC/Loas? Saiba como solicitar o benefício em 2025 para idosos e pessoas com deficiência

Expectativa para o futuro do projeto

O relator do projeto deve apresentar seu parecer ainda no segundo semestre de 2025. Se a Comissão de Assuntos Sociais aprovar o texto, ele segue para votação no plenário do Senado. O apoio dos senadores será essencial para o avanço da proposta.

Depois disso, a Câmara dos Deputados precisará aprovar o mesmo conteúdo. Qualquer mudança no texto pode atrasar a aplicação da medida. Caso tudo ocorra dentro do esperado, o pagamento já poderá ocorrer em dezembro deste ano.

Até lá, os beneficiários acompanham os desdobramentos com atenção. Para quem vive com pouco, cada notícia sobre o tema representa a chance de passar um fim de ano com mais tranquilidade. O abono pode não resolver todos os problemas, mas traria um alívio real em um momento importante.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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