Atenção, beneficiários! Bolsa Família tem nova regra de renda para continuar recebendo
Mudança no Bolsa Família reduz tempo da regra de proteção para um ano. Veja o novo limite de renda e quem continua com os direitos mantidos.
O Bolsa Família continua sendo o principal programa de transferência de renda do país, ajudando milhões de famílias em situação de vulnerabilidade a manter o mínimo necessário para viver com dignidade. No entanto, mesmo com seu papel consolidado, as regras do programa estão em constante atualização para se ajustar à realidade do mercado de trabalho e às novas políticas públicas.
Recentemente, o governo federal anunciou mudanças nas regras que envolvem a permanência de beneficiários que conseguem emprego com carteira assinada. A chamada regra de proteção, criada para permitir que a família continue recebendo parte do benefício ao conseguir renda formal, sofreu alterações importantes.
Até então, esse suporte parcial era mantido por dois anos. Agora, a nova regra reduz esse tempo para apenas um ano, afetando diretamente quem entrar na modalidade a partir de junho de 2025. A medida foi justificada pelo governo como uma forma de alinhar o programa aos padrões internacionais de definição de pobreza.
Além da redução no tempo, o critério de renda máxima também foi alterado. Com essas mudanças, é essencial que os beneficiários estejam bem informados para não perderem o direito ao benefício por falta de atualização cadastral ou descumprimento de requisitos.

Nova regra de renda do Bolsa Família: confira sobre
O que é a regra de proteção do Bolsa Família?
A regra de proteção é uma modalidade do Bolsa Família voltada a famílias que ultrapassam temporariamente o limite de renda exigido pelo programa, mas que ainda se encontram em situação de vulnerabilidade. A ideia é permitir que essas famílias transitem para o mercado de trabalho formal sem perder imediatamente o benefício, oferecendo um suporte por um tempo determinado.
Segundo a regra, quando a renda por pessoa da família ultrapassa R$ 218, mas permanece abaixo de R$ 706, o grupo familiar passa a receber 50% do valor do Bolsa Família. Esse pagamento parcial serve como incentivo para que os beneficiários mantenham os vínculos trabalhistas recém-formados.
Anteriormente, essa condição era válida por até dois anos. No entanto, a partir de junho de 2025, esse tempo será reduzido para um ano apenas, limitando o período de adaptação das famílias à nova realidade de renda.
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Qual o novo limite de renda permitido?
Outra mudança importante diz respeito ao valor máximo de renda por pessoa para se manter na regra de proteção. Antes, esse teto era de até meio salário mínimo por pessoa, o que equivalia a R$ 759. Com a nova regra, o valor caiu para R$ 706, alinhando-se ao padrão internacional para definição de pobreza.
A justificativa do governo para essa mudança foi baseada em dados recentes do mercado de trabalho. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mais de 75% das novas vagas de trabalho em 2024 foram ocupadas por beneficiários do programa. Isso demonstra que há mobilidade social entre os inscritos, e que ajustes nas regras são possíveis para manter o foco nas famílias que mais precisam.
No entanto, é fundamental que as famílias acompanhem essas mudanças e mantenham os dados sempre atualizados no Cadastro Único. A qualquer variação na renda, composição familiar ou situação de emprego, o sistema precisa ser informado imediatamente.
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O que não muda para quem já está na regra?

As novas regras valem apenas para famílias que entrarem na regra de proteção a partir de junho de 2025. Quem já estava incluído antes dessa data continuará recebendo 50% do Bolsa Família por até 24 meses, conforme previsto na norma anterior. Portanto, para esses casos, nada muda até que o período original de dois anos seja concluído.
Outra garantia mantida é o retorno automático ao valor integral do benefício, caso a renda familiar volte a ser inferior a R$ 218 por pessoa durante o tempo da regra de proteção. Isso reforça o objetivo do programa de funcionar como uma rede de segurança, garantindo apoio contínuo durante momentos de instabilidade econômica.
Esses mecanismos permitem que o Bolsa Família atue com flexibilidade, adaptando-se à realidade dos beneficiários sem penalizá-los por pequenas mudanças na renda familiar.
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Como essas mudanças afetam os beneficiários?
As alterações nas regras do Bolsa Família afetam especialmente aqueles que estão em transição para o mercado de trabalho formal. A redução do tempo de permanência na regra de proteção pode pressionar as famílias a manterem empregos mesmo quando enfrentam dificuldades, o que exige mais planejamento e estabilidade.
Por outro lado, o governo afirma que essas medidas visam tornar o programa mais eficiente e direcionado às famílias que realmente estão em situação de pobreza extrema. A redução do teto de renda também serve para evitar que pessoas fora do perfil sejam mantidas no programa de forma indevida.
Para os beneficiários, o mais importante é acompanhar cada mudança com atenção, manter o cadastro atualizado e buscar o CRAS em caso de dúvidas. Estar bem informado é o primeiro passo para garantir a permanência no programa e usufruir de todos os direitos disponíveis.
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