O pente-fino do BPC está em andamento e pode afetar milhares de idosos; aprenda a evitar a suspensão do seu benefício com medidas simples.
Milhões de famílias brasileiras dependem do BPC para manter a vida com um pouco mais de estabilidade. Esse auxílio, pago todos os meses, ajuda idosos e pessoas com deficiência que vivem com pouco ou nenhum recurso. Por isso, qualquer mudança no programa gera preocupação entre os beneficiários.
Nos últimos dias, o governo federal anunciou uma nova medida que deve alcançar diretamente os inscritos no BPC. A previsão envolve uma revisão detalhada nos cadastros, programada para o ano de 2026. Segundo as autoridades, o objetivo é corrigir erros e evitar o repasse de valores irregulares.
O pente-fino já ocorre de tempos em tempos, mas o novo formato promete mais rigor. A notícia levanta dúvidas, especialmente entre quem teme perder o benefício por algum detalhe técnico. Porém, o governo afirma que quem mantém o cadastro em ordem não precisa se preocupar.

O que muda no BPC com a nova revisão
A principal mudança prevista para 2026 envolve uma análise mais detalhada nos dados dos beneficiários. A fiscalização será reforçada e vai focar em possíveis erros, fraudes e mudanças de renda. Quem não se enquadrar mais nas exigências poderá ter o benefício suspenso.
O BPC é um valor mensal pago a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que não conseguem se manter por conta própria. A família também precisa comprovar renda baixa. Para calcular isso, os órgãos consideram se cada integrante da casa vive com menos de um quarto do salário mínimo.
Segundo o governo, o pente-fino vai ajudar a identificar situações irregulares, como pessoas com renda acima do permitido ou com informações desatualizadas. Para evitar problemas, os beneficiários devem manter os dados corretos no Cadastro Único e no sistema do INSS.
Mesmo que a fiscalização fique mais rígida, os critérios para receber o BPC continuam os mesmos. O cidadão precisa ser brasileiro nato ou naturalizado, ou ter nacionalidade portuguesa. A renda da família não pode ultrapassar o limite definido, e todos os documentos devem estar atualizados.
Quem preenche todos os requisitos e mantém as informações certas no sistema não corre risco. O problema pode surgir quando os dados estão incompletos, com erros ou sem atualização recente. Nesses casos, o benefício pode ser suspenso até que a situação seja resolvida.
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Medida busca proteger os recursos públicos
A revisão também pode atingir pessoas que mudaram de condição, como quem passou a receber outro auxílio, começou a trabalhar ou teve mudança no número de moradores da casa. A equipe técnica vai avaliar cada caso com base nas informações do CadÚnico e do INSS.
Além de fortalecer o controle do programa, a revisão detalhada no BPC busca evitar o uso incorreto do dinheiro público. O governo estima que a economia gerada pela medida pode chegar a R$ 2 bilhões em 2026. Esse valor pode ser usado para ampliar políticas sociais ou manter programas já existentes.
Outro ponto importante da medida é combater fraudes. Infelizmente, em muitos casos, pessoas com renda estável ou que não se encaixam nos critérios conseguem acessar o BPC por meio de informações falsas. A nova fiscalização quer evitar que isso continue acontecendo.
Apesar de parecer uma ação dura, a proposta não tem o objetivo de cortar o auxílio de quem realmente precisa. Pelo contrário, o pente-fino pretende manter o benefício funcionando de forma justa, evitando que ele chegue a quem não tem direito e assegurando os repasses corretos aos mais vulneráveis.
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Como se preparar para o pente-fino
Para evitar transtornos daqui pra frente, os beneficiários já podem começar a se organizar. A primeira medida é verificar se o CadÚnico está com todos os dados atualizados. Isso pode ser feito no CRAS mais próximo ou pelo aplicativo do Cadastro Único.
Também vale revisar os dados no Meu INSS e acompanhar as mensagens do próprio sistema. Em caso de dúvida, o telefone 135 continua sendo um canal direto para tirar dúvidas sobre o benefício e solicitar ajuda.
A recomendação principal é não deixar para a última hora. Quem cuida da documentação, mantém as informações corretas e respeita os prazos não precisa se preocupar com a revisão. O BPC vai continuar sendo pago a quem realmente se encontra em situação de necessidade.
Dito isso, é fundamental nunca esquecer a diferença que o BPC faz na sua vida. Organizar seus documentos e atualizar os dados é a melhor maneira de dar continuidade ao benefício e escapar desse pente-fino constante do INSS.
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