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MEI em dia: saiba o que é preciso para manter seu CNPJ ativo e não pagar mais impostos

Registro formal como MEI garante diversas vantagens aos microempreendedores, mas é preciso tomar cuidado com o teto anual de faturamento

O regime MEI continua sendo uma das opções mais acessíveis para quem deseja formalizar um pequeno negócio no Brasil. Pensando para facilitar a vida dos autônomos e pequenos empresários, o registro oferece benefícios como uma tributação simplificada e o direito a alguns benefícios previdenciários.

Em 2025, a modalidade continua atraindo muitos brasileiros que buscam legalizar suas atividades profissionais. Afinal, uma das vantagens do MEI é o limite de faturamento anual, que ainda está fixado em R$ 81 mil, o que significa que o microempreendedor pode faturar até R$ 6.750 por mês.

No entanto, existe uma margem de 20% sobre esse valor, permitindo que o MEI chegue até R$ 97.200 anuais sem precisar mudar de regime. Caso ultrapasse esse teto, o empresário precisará migrar para uma categoria com mais obrigações fiscais.

MEI em dia: saiba o que é preciso para manter seu CNPJ ativo e não pagar mais impostos
Novo limite anual de faturamento do MEI vem sendo estudado pelo governo! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Requisitos e teto de faturamento do MEI

Para se cadastrar como MEI, o trabalhador precisa atender a alguns critérios específicos. O principal requisito é que o faturamento anual não ultrapasse o limite de R$ 81 mil, ou R$ 97.200 com a margem de tolerância.

Além do mais, vale lembrar que o microempreendedor não pode ter mais de um empregado contratado, sendo permitida apenas a contratação de um funcionário com salário mínimo ou piso da categoria.

É importante também que o formalizado exerça atividades permitidas pela regulamentação do MEI, que inclui uma lista extensa de profissões, desde atividades comerciais até serviços variados. O processo de formalização é simples e pode ser feito de maneira digital, o que facilita a adesão ao regime.

Atualmente, tramita no Congresso uma proposta para aumentar o limite de faturamento do MEI para até R$ 130 mil por ano. Se aprovada, a mudança permitirá que muitos pequenos negócios cresçam sem precisar mudar para um regime tributário mais complexo, como o da Microempresa (ME).

Por fim, o aumento do limite também abriria a possibilidade de contratação de até dois funcionários, o que poderia ajudar os pequenos empreendedores a expandirem suas operações. Com a proposta, o regime continuaria sendo mais vantajoso, pois a carga tributária do MEI é muito mais baixa.

Saiba mais: Novo MEI vem aí? Confira mudanças propostas pelo Governo Lula na categoria individual

Consequências para quem ultrapassar o limite

Se o MEI ultrapassar o limite de faturamento de R$ 81 mil, ele precisa fazer o desenquadramento do regime. Isso implica uma mudança para o regime de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), dependendo do novo faturamento.

A migração envolve a alteração do regime tributário e a obrigatoriedade de pagar mais impostos, além de atender a mais obrigações contábeis, como a contratação de um contador para cuidar do seu negócio.

Vale ressaltar que a tolerância de 20% para quem atinge um faturamento de até R$ 97.200 só vale para o ano-calendário vigente. Depois disso, ele deve pagar os tributos devidos do regime subsequente, caso queira manter os benefícios da formalização.

A mudança pode ser feita de forma simples no Portal do Simples Nacional, onde o empreendedor deve informar o motivo do desenquadramento e seguir os passos indicados para atualizar o regime. Portanto, é importante que você acompanhe seu faturamento de forma constante para não ser surpreendido.

O MEI continua sendo uma excelente oportunidade para pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos que buscam formalizar seus negócios de maneira simples e com custos baixos. Com as novas propostas de mudança no limite de faturamento, o regime pode se tornar ainda mais vantajoso.

Veja também: CCMEI: o que é, para que serve e como emitir o documento em 2025

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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