Suspensão no pagamento do BPC pode atingir quem não atualizou o cadastro. Veja o que o INSS exige e como evitar o bloqueio do benefício.
Suspensão no pagamento do BPC está prevista para acontecer ainda este ano. A informação foi confirmada pelo INSS, que começará uma nova etapa de revisões. A operação pode atingir cerca de 800 mil pessoas em todo o país.
A medida tem como objetivo revisar quem continua dentro das regras do programa. O Benefício de Prestação Continuada é pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Por isso, os dados precisam estar sempre atualizados no sistema do governo.
O alerta é para quem ainda não fez a atualização no Cadastro Único. Quem não cumprir essa exigência pode ter o benefício bloqueado ou até cancelado. A orientação é procurar o CRAS para verificar como está o cadastro.

Revisão dos benefícios começa com quem está fora do Cadastro Único
O pente-fino começa por quem está com o cadastro desatualizado. O INSS vai priorizar casos em que os dados não são atualizados há mais de quatro anos. Também entram na lista quem nunca se inscreveu no CadÚnico, obrigatório para manter o BPC.
Outro grupo que pode ser chamado são os beneficiários que recebem há muito tempo. O foco está em quem não fez perícia médica nos últimos dois anos. Isso vale tanto para o BPC quanto para o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
As convocações serão feitas por carta, mensagem de celular ou aviso no extrato bancário. Por isso, é preciso ficar atento a qualquer notificação. Não responder dentro do prazo pode resultar na suspensão do pagamento.
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Quem tem direito a continuar recebendo o benefício?
O BPC é voltado a dois grupos bem definidos. Um deles são os idosos com 65 anos ou mais. Para receber, a renda por pessoa da família deve ser inferior a um quarto do salário mínimo, hoje equivalente a R$ 353.
O outro grupo inclui pessoas com deficiência, sem limite de idade. É preciso comprovar uma condição que impeça a participação plena na sociedade. Além disso, a renda familiar também deve ser baixa, e o CadÚnico deve estar atualizado.
Todos devem ter os dados corretos e atuais no sistema. Qualquer erro ou falta de informação pode causar bloqueio no pagamento. Se tiver dúvida, o CRAS é o melhor lugar para buscar ajuda sobre o cadastro e os documentos necessários.
Etapas para quem for chamado para a revisão do INSS
Quem receber a notificação precisa agir rapidamente. O primeiro passo é acessar o site Meu INSS e fazer o login com CPF e senha. Depois disso, é necessário escolher a opção de novo requerimento e agendar uma perícia médica presencial.
A avaliação será feita em uma agência do INSS. É importante escolher data e horário disponíveis para evitar atrasos. No dia da perícia, o beneficiário deve levar exames, laudos e relatórios médicos atualizados.
Além disso, é obrigatório que o CadÚnico esteja regularizado. Isso pode ser feito no CRAS da cidade, onde o responsável familiar pode apresentar os documentos. Sem esse processo, mesmo quem tem direito pode perder o acesso ao benefício.
Falta de comparecimento pode levar à suspensão no pagamento do BPC
O INSS deu prazos que variam entre 45 e 90 dias após a notificação. Se o beneficiário não comparecer ou não levar os documentos dentro do prazo, o pagamento pode ser suspenso. Por isso, é importante não deixar para a última hora.
Caso o prazo vença sem resposta, o sistema bloqueia automaticamente o repasse. Para reativar, será necessário refazer todo o processo, o que pode levar tempo. Manter os documentos organizados e prontos evita esse tipo de transtorno.
Quem for chamado e não puder ir ao INSS deve informar com antecedência. Em algumas situações, é possível remarcar a perícia. No entanto, isso só é aceito se for feito dentro do prazo informado na convocação.