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Bolsa Família tem novas regras e beneficiários precisam se atentar para não perder o auxílio

Pessoas que moram sozinhas enfrentam nova exigência no Bolsa Família. Veja como funciona a entrevista domiciliar e quem pode ficar de fora dessa etapa.

O governo anunciou mudanças no programa Bolsa Família que já estão em vigor. A medida afeta um grupo específico de beneficiários e exige uma nova etapa para o cadastro. As regras atingem principalmente quem se declara como família unipessoal.

A nova exigência foi publicada no Diário Oficial da União e passou a valer neste mês. Ela faz parte da Averiguação Cadastral de 2025, conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O objetivo é verificar se as informações prestadas no cadastro estão corretas.

Quem se declara como pessoa que mora sozinha deve passar por uma entrevista presencial. Essa visita será feita por um agente público diretamente no domicílio informado. Sem essa verificação, o cadastro poderá ser rejeitado ou cancelado.

Bolsa Família tem novas regras.
Governo anuncia mudanças no cadastro do Bolsa Família. Novas regras afetam quem vive sozinho e tenta entrar no programa de transferência de renda. (Foto: Jeane de Oliveira / www.cadunicobrasil.com.br).

Grupo que vive sozinho passa a ter regra mais rígida

O governo determinou que a exigência vale apenas para quem mora sozinho e tenta entrar no programa agora. Pessoas que já recebem o benefício ainda não têm essa obrigação. No entanto, novas orientações para esse público devem sair nos próximos meses.

Mesmo assim, o Ministério já adiantou que pretende aplicar a entrevista também aos antigos beneficiários. A ideia é ampliar a checagem das informações prestadas durante o cadastro. Com isso, o sistema evita fraudes e garante que o benefício chegue a quem realmente precisa.

Além disso, existem exceções. Pessoas em situação de rua, indígenas e quilombolas não precisam fazer a entrevista. Esses grupos continuam dentro do programa mesmo sem essa nova exigência. A regra considera a realidade de públicos mais vulneráveis.

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Critérios de renda continuam valendo para todos os beneficiários

A renda mensal por pessoa deve ser inferior a R$ 218 para que a família tenha direito ao Bolsa Família. Esse é o principal critério para entrar no programa. O valor corresponde à linha da pobreza usada pelo governo para identificar famílias em situação de risco.

Existe também a chamada regra de proteção, que permite manter parte do benefício após uma melhora na renda. Quem passa a ganhar mais, mas ainda fica abaixo de meio salário mínimo por pessoa, segue recebendo o Bolsa Família. Nesse caso, o valor cai pela metade e o direito permanece por dois anos.

Essa regra começou a valer em 2022 e segue ativa. Atualmente, ela atende mais de 2,6 milhões de famílias em todo o país. A medida ajuda quem consegue trabalho, mas ainda precisa de apoio até se estabilizar.

Presença escolar influencia diretamente no pagamento do benefício

Famílias com crianças e adolescentes precisam garantir que os filhos frequentem a escola com regularidade. O Ministério da Educação acompanha os dados com base no sistema das escolas públicas. A frequência escolar mínima é obrigatória para manter o benefício ativo.

Alunos de seis a quinze anos devem ter presença mínima de 85% nas aulas. Já os jovens entre 16 e 17 anos precisam alcançar pelo menos 75% de frequência. Essas metas devem ser cumpridas todos os meses pelas famílias cadastradas.

Aplicativo ajuda a acompanhar os dados do benefício

O beneficiário pode usar o aplicativo Caixa Tem para verificar se o pagamento foi liberado. O sistema mostra o valor da parcela, a data de saque e outras informações. Ele também permite consultar a poupança digital da Caixa Econômica.

Quem recebe o Bolsa Família deve checar o calendário de pagamentos com frequência. Isso evita problemas com datas e garante o saque no momento certo. O app funciona como um canal rápido e acessível para acompanhar tudo pelo celular.

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