Idosos beneficiários do BPC devem atualizar seus dados no Cadastro Único a cada dois anos para evitar bloqueios ou suspensões do benefício.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um suporte essencial para muitas famílias de idosos e pessoas com deficiência que enfrentam dificuldades financeiras. Em 2025, o governo implementou mudanças significativas nas regras desse benefício.
Embora a intenção seja melhorar o controle e evitar fraudes, as novas exigências geraram preocupações, especialmente entre os idosos que vivem em áreas distantes dos grandes centros urbanos.
Uma das alterações mais notáveis é a obrigatoriedade do cadastramento biométrico e a atualização do Cadastro Único a cada dois anos. Contudo, para idosos que moram em regiões mais afastadas ou têm dificuldades de locomoção, essa nova realidade pode representar um grande desafio.

Idoso, aprenda a se manter na lista do BPC
Além das mudanças no cadastro, o governo também excluiu a renda de cônjuges que não moram com o beneficiário do cálculo da renda familiar. Essa alteração pode facilitar o acesso ao BPC para muitas famílias que estavam enfrentando dificuldades devido a essa regra anterior.
Para manter o BPC ativo, os beneficiários precisam cumprir algumas exigências novas. A atualização do CadÚnico deve ser feita a cada dois anos, o que implica uma maior frequência de comparecimento aos CRAS ou o uso do aplicativo Meu INSS.
Por mais que todo esse processo possa ser simples para quem tem acesso à internet e transporte, é mais difícil para os idosos que vivem em regiões distantes ou não têm acesso fácil a essas tecnologias.
O cadastramento biométrico é outra exigência importante. Para fazer isso, o beneficiário precisa fornecer seus dados, como impressões digitais e foto. Caso não tenha acesso a pontos de atendimento, como nas áreas rurais, a viagem até um local adequado pode ser um grande obstáculo.
Para acabar com o problema de logística dos idosos que devem regularizar suas situações cadastrais, o governo já anunciou que ampliará os pontos de atendimento, mas a solução definitiva ainda está em andamento.
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Dificuldades enfrentadas pelos beneficiários
Dito isso, as mudanças no BPC não são simples para todos. Idosos com dificuldades de locomoção, especialmente aqueles em áreas afastadas, podem encontrar muitos obstáculos nesse caminho.
Embora o governo tenha planejado soluções, como a ampliação dos pontos de atendimento, o processo de adaptação pode ser demorado e complicado. Muitos beneficiários podem ter dificuldades em entender os novos processos ou até em usar a tecnologia necessária.
Com isso, é fundamental que os beneficiários fiquem atentos aos prazos de atualização do CadÚnico e ao agendamento do cadastramento biométrico. Estes dois processos são cruciais para evitar a suspensão do BPC.
A orientação adequada sobre os documentos necessários também é essencial. Para os idosos, ter alguém para ajudá-los nesses procedimentos pode fazer toda a diferença para que não percam o benefício.
Em um futuro próximo, será possível avaliar se essas mudanças realmente trouxeram mais justiça e eficiência ao programa. Embora a intenção seja combater fraudes, é importante observar como essas alterações afetam os beneficiários mais vulneráveis e se conseguem superar as barreiras impostas.
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