NotíciasCadastro Único

Descanso do MEI: regras atuais de aposentadoria da categoria que você PRECISA conhecer

MEI também tem direito à aposentadoria, mas as regras são específicas e podem surpreender. Entenda como funciona o cálculo e o que fazer para encerrar sua carreira.

Formalizar um negócio como MEI trouxe grandes vantagens para milhões de brasileiros. Além de facilitar o pagamento de tributos, a categoria também garante acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, salário-maternidade e auxílio-doença. Mas nem tudo são flores.

Apesar da praticidade, muitos empreendedores se preocupam com o valor da aposentadoria, que costuma ficar restrito a um salário mínimo.

A realidade econômica do país também faz os microempreendedores refletirem sobre o futuro. Com a inflação corroendo o poder de compra e o custo de vida subindo, é natural buscar alternativas para garantir uma renda mais robusta na velhice.

Descanso do MEI: regras atuais de aposentadoria da categoria que você PRECISA conhecer
Aposentadoria do MEI segue regras específicas que todos formalizados precisam entender! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Detalhes sobre aposentadoria do MEI

Pensando na necessidade de aumentar o valor da aposentadoria, muitos cidadãos passaram a complementar a contribuição previdenciária para melhorar o benefício. Ainda assim, muitos MEIs não conhecem as regras a fundo e acabam cometendo erros que prejudicam o descanso laboral.

Primeiramente, o MEI contribui mensalmente com uma alíquota de 5% sobre o salário mínimo, o que em 2025 corresponde a uma média de R$ 75, dependendo da atividade exercida.

O pagamento garante acesso a alguns benefícios previdenciários, incluindo a aposentadoria por idade. No entanto, o valor recebido se limita a um salário mínimo, o que gera dúvidas sobre a sustentabilidade financeira na velhice.

Para se aposentar, o MEI precisa atingir 60 anos de idade (mulheres) ou 65 anos (homens), além de completar 15 anos de contribuição. A partir do primeiro pagamento em dia da DAS, a contagem começa a valer, e a regularidade nos depósitos se torna fundamental para ter direito ao benefício.

Mas o valor da aposentadoria, muitas vezes, não cobre as despesas da vida adulta. Para driblar essa limitação, muitos optam pela complementação da contribuição. Pagando mais 15% sobre o salário mínimo, o MEI eleva a alíquota para 20% e passa a ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição.

Veja também: MEI: Governo Lula NÃO vai aumentar limite de faturamento da categoria e REVOLTA inscritos

Vantagens da complementação previdenciária

Por mais que a contribuição complementar “doa” um pouco mais no bolso do MEI e demais brasileiros, a principal vantagem é que há possibilidade de receber um valor mais alto na aposentadoria.

Sendo assim, quem opta pelo código 1910, que permite o recolhimento adicional de 15%, tem direito ao benefício calculado com base nos 80% maiores salários de contribuição desde 1994. Isso resulta em uma renda mais próxima da realidade de quem já teve outros vínculos formais.

Além disso, a complementação permite a aposentadoria por tempo de contribuição. A regra exige uma soma de idade e tempo que, em 2025, alcança 92 pontos para mulheres e 102 para homens. A cada ano, os pontos aumentam, então, quanto antes começar a contribuir, melhor.

Outra estratégia interessante é somar períodos de contribuição de diferentes regimes. Quem já trabalhou com carteira assinada antes de se tornar MEI pode somar esses anos ao tempo de contribuição atual. Isso acelera a conquista do direito à aposentadoria e melhora o valor final do benefício.

Saiba mais: Novas regras do MEI começam a valer em abril; fique atento para não PERDER seu CNPJ

Comece a se planejar desde cedo

Planejar a aposentadoria exige atenção desde o início da vida profissional. Muitos microempreendedores só percebem o problema ao se aproximarem da idade de se aposentar. No entanto, esperar demais para corrigir a contribuição pode reduzir significativamente o valor do benefício.

O INSS permite que o MEI complemente a alíquota a qualquer momento, mas quem deixa para fazer isso no fim da carreira pode não alcançar o valor esperado. Por isso, a recomendação é iniciar a complementação o quanto antes, o que dará mais tranquilidade na terceira idade.

Especialistas orientam que os microempreendedores utilizem o portal Meu INSS para verificar a situação contributiva e fazer simulações. Também é fundamental manter as guias em dia, evitando atrasos que podem comprometer a contagem do tempo de serviço.

Alternativas para garantir uma aposentadoria mais tranquila

Além da complementação da contribuição, outras opções podem reforçar a renda na aposentadoria. A previdência privada é uma delas, já que permite acumular recursos ao longo dos anos e complementar o valor da aposentadoria pública.

Outro caminho é formalizar uma poupança própria, investindo mensalmente parte dos ganhos para criar um fundo de reserva. Dessa forma, é possível obter suporte extra no futuro.

Em resumo, ter um bom planejamento financeiro contínuo faz toda a diferença. O ideal é consultar um contador ou um especialista em previdência para entender melhor as possibilidades e tomar decisões acertadas. Assim, o MEI garante mais segurança quando precisar, sem depender só da aposentadoria.

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo