Famílias unipessoais do Bolsa Família devem tomar CUIDADO: cortes estão sendo feitos!
Beneficiários do Bolsa Família que recebem como família unipessoal precisam ficar atentos. Entenda os cortes que estão sendo feitos.
Muitas pessoas que vivem sozinhas enfrentam dificuldades para manter o Bolsa Família. O programa passou por mudanças e nem todos que antes recebiam o auxílio continuam na lista de pagamentos. Algumas regras foram ajustadas e, com isso, milhares de cadastros foram cancelados.
Além das regras de renda, a fiscalização está mais rigorosa. Quem consegue um dinheiro extra em determinado mês pode acabar perdendo o benefício, mesmo que o valor seja insuficiente para manter uma vida digna. Depois disso, voltar a receber o auxílio se torna complicado.
Outro ponto que interfere no acesso ao programa é o limite de concessões por município. Isso porque cada cidade pode ter até 16% de beneficiários nessa categoria. Assim, mesmo quem atende aos critérios pode ficar de fora se esse número já tiver sido atingido.

Como nova regra do Bolsa Família afeta quem mora sozinho
A quantidade de pessoas vivendo sozinhas e recebendo o Bolsa Família diminuiu. No começo de 2023, o número de beneficiários unipessoais chegava a quase cinco milhões. Agora, esse total caiu para menos de quatro milhões.
O corte afetou principalmente quem faz trabalhos esporádicos. Uma renda acima de R$ 218 já basta para que o nome seja retirado do sistema.
O problema é que esse valor não significa uma mudança real na condição financeira, mas sim uma variação temporária. No entanto, o governo considera que a pessoa deixou de precisar do auxílio.
Em algumas situações, há exceções para que o benefício continue, como ocorre com indígenas, quilombolas e pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão.
Assim, quem está em condição de extrema pobreza ou corre risco de insegurança alimentar também pode ser incluído, mesmo que o município já tenha ultrapassado o limite de beneficiários unipessoais.
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Retornar ao programa pode ser ainda mais difícil
Uma vez que o benefício é cancelado, conseguir o auxílio novamente não acontece de forma rápida. Mesmo quando a renda volta a diminuir, o governo não faz a inclusão automática. Quem precisa do Bolsa Família precisa refazer o processo de cadastro e aguardar uma nova análise.
Há um período de transição para quem começa a trabalhar e melhora a renda. Durante dois anos, essas pessoas ainda podem receber metade do valor do auxílio. Porém, se o ganho mensal alcançar R$ 759, o pagamento é interrompido.
Muitos beneficiários relatam dificuldades para voltar ao programa. Algumas pessoas que perderam o auxílio por pouco tempo não conseguiram ser incluídas novamente, mesmo passando por dificuldades financeiras.
Um exemplo é o caso de pessoas que recebiam o Bolsa Família, mas perderam o benefício quando passaram a ganhar o auxílio-doença. Assim que o auxílio é suspenso, fica difícil ser aprovado após a inscrição.
Portanto, as novas regras do programa trouxeram critérios mais rígidos para quem mora sozinho. Ademais, a falta de flexibilidade deixa muitas pessoas sem apoio, mesmo quando continuam em situação de necessidade.
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