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Dá para ter empresa e receber Bolsa Família? Saiba como conciliar os dois e garantir um extra

A formalização como MEI não impede o recebimento do Bolsa Família, mas é necessário atender aos critérios de renda e manter o cadastro atualizado

A formalização de pequenos negócios por meio do Microempreendedor Individual (MEI) cresceu nos últimos anos, tornando-se uma alternativa viável para trabalhadores autônomos.

No entanto, muitos desses empreendedores ainda enfrentam desafios financeiros, o que os leva a buscar apoio em programas sociais, como o Bolsa Família.

O Bolsa Família é um dos principais programas de transferência de renda do governo brasileiro, voltado para famílias em situação de vulnerabilidade. Com a formalização de microempreendedores, surge a dúvida: é possível manter o benefício mesmo após abrir uma empresa?

Dá para ter empresa e receber Bolsa Família Saiba como conciliar os dois e garantir um extra
Beneficiários do Bolsa Família podem ter negócio próprio? – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

MEI e a compatibilidade com o Bolsa Família

A abertura de um CNPJ como MEI não exclui automaticamente o direito ao Bolsa Família. O que determina a elegibilidade para o programa é a renda mensal por pessoa da família, que deve ser de até R$ 218, conforme estabelecido pelo governo em 2024.

Se a atividade como MEI não gerar um aumento significativo na renda familiar, o beneficiário pode continuar recebendo o auxílio. No entanto, é fundamental manter os dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico), informando qualquer mudança na situação econômica da família.

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Renda familiar e os limites para manter o benefício

O critério principal para continuar recebendo o Bolsa Família é o limite de renda familiar per capita. Mesmo que um membro da família tenha um CNPJ ativo como MEI, o benefício será mantido se a renda total dividida pelo número de pessoas no núcleo familiar não ultrapassar o valor permitido.

Por exemplo, em uma família de sete pessoas, se o único rendimento for o salário mínimo de R$ 1.518, a renda per capita será de R$ 216,86. Nesse caso, a família continua elegível para o Bolsa Família, mesmo que o responsável legal seja um microempreendedor individual.

Atualização cadastral como requisito fundamental

Manter o CadÚnico atualizado é uma exigência para todos os beneficiários do Bolsa Família. Qualquer alteração na renda, na composição familiar ou na situação de trabalho deve ser comunicada aos órgãos responsáveis para evitar a suspensão do benefício.

A falta de atualização pode gerar inconsistências nos dados e levar à exclusão do programa. Por isso, é importante comparecer regularmente ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para revisar as informações.

Situações que podem levar à suspensão do Bolsa Família

O direito ao Bolsa Família pode ser perdido quando a renda familiar per capita ultrapassa o limite de R$ 218. Se a atividade como MEI gerar um faturamento elevado, o benefício poderá ser reduzido ou cancelado, conforme as regras de transição do programa.

Além da renda, o não cumprimento das condicionalidades do Bolsa Família, como a frequência escolar das crianças e o acompanhamento de saúde, também pode resultar na perda do benefício. Por isso, é essencial manter todas as obrigações em dia.

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Benefícios assistenciais afetados pela formalização como MEI

Embora o Bolsa Família possa ser mantido, a formalização como MEI pode afetar outros benefícios assistenciais. Auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade são exemplos de benefícios que podem ser suspensos após a abertura de um CNPJ.

É importante verificar as condições específicas de cada programa antes de formalizar o negócio. A orientação adequada pode evitar a perda de benefícios importantes.

Programas que não são afetados pela formalização do MEI

Alguns benefícios governamentais não são afetados pela formalização como MEI. Entre eles estão a aposentadoria por tempo de contribuição, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Integração Social (PIS).

Pensões por morte de cônjuge, filhos ou pais também permanecem ativas, mesmo após a formalização do microempreendedor. O importante é manter a documentação em ordem e comunicar qualquer alteração relevante.

Funcionamento do Bolsa Família e sua estrutura de pagamentos

O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que atende famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O valor do benefício varia de acordo com a composição familiar e a renda per capita.

Em 2024, o programa atende mais de 21 milhões de famílias em todo o país. Além do suporte financeiro, o Bolsa Família exige o cumprimento de condicionalidades, como a frequência escolar de crianças e adolescentes e a realização de exames de saúde.

Inscrição no Bolsa Família e processo de seleção

Para receber o Bolsa Família, é necessário estar inscrito no CadÚnico, o cadastro oficial dos programas sociais do governo. O processo de inscrição é feito nos CRAS, onde o responsável familiar deve apresentar documentos como CPF, RG, comprovante de residência e comprovante de renda.

Após a inscrição, a inclusão no Bolsa Família não é automática. O governo realiza uma análise mensal para identificar as famílias que se enquadram nos critérios e podem começar a receber o benefício.

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Crescimento do empreendedorismo entre beneficiários do Bolsa Família

Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae (sebrae.com.br) revelam que cerca de 30% dos microempreendedores individuais estão inscritos no CadÚnico.

Esse número demonstra que a formalização não impede o acesso a programas sociais, desde que as regras de renda sejam respeitadas.

O empreendedorismo é visto como uma ferramenta para promover a inclusão econômica e social, ajudando famílias a superar a vulnerabilidade financeira.

A formalização como MEI, quando bem planejada, pode ser uma etapa importante para melhorar a qualidade de vida, sem abrir mão do suporte governamental.

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