Famílias unipessoais do CadÚnico podem sofrer com nova fiscalização do governo
Famílias unipessoais do CadÚnico enfrentam nova fiscalização. Entenda o que está em jogo e como escapar de problemas!
O Cadastro Único é a melhor ferramenta disponível para gestão de políticas públicas voltadas para a população em situação de vulnerabilidade. Afinal, o sistema organiza informações sobre renda, composição familiar e condições de vida.
Através desse registro, os programas sociais conseguem atender os brasileiros mais necessitados de forma urgente. Porém, seu uso correto exige constante acompanhamento.
Nos últimos meses, uma revisão mais detalhada vem ocorrendo nos cadastros de famílias unipessoais, aquelas formadas por apenas uma pessoa. Esse tipo de registro apresentou crescimento significativo, especialmente em algumas regiões, levantando questionamentos sobre sua legitimidade.
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Por que o foco nas famílias unipessoais do CadÚnico?
As irregularidades identificadas podem trazer consequências severas para beneficiários e municípios. Dessa forma, os ajustes buscam não apenas corrigir problemas, mas também manter o funcionamento eficiente dos programas sociais e evitar fraudes.
O aumento expressivo de cadastros unipessoais no CadÚnico chamou atenção, especialmente durante o período eleitoral. Municípios como Abel Figueiredo, Tucuruí e Belém apresentaram percentuais elevados de possíveis irregularidades, variando entre 61% e 81%.
Esse cenário impulsionou a intensificação das fiscalizações pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
O motivo da revisão está relacionado ao possível uso inadequado do sistema, como registros duplicados ou fictícios. Algumas práticas fraudulentas incluem dividir membros de uma mesma família em cadastros distintos para aumentar os benefícios recebidos.
A realização de visitas presenciais é uma das estratégias utilizadas para verificar a situação. Além disso, em 2023, foi estipulado um limite de cadastros unipessoais nos municípios, o que ajudou a controlar fraudes.
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Especialistas apontam consequências das irregularidades
Mesmo com o limite de unipessoais, flexibilizações permitiram exceções, como no caso de pessoas em insegurança alimentar ou vítimas de violência. Por isso, a medida exige um acompanhamento rigoroso para evitar abusos.
Quando irregularidades são encontradas, a suspensão ou o bloqueio dos pagamentos é a ação imediata. Beneficiários podem ficar até seis meses sem receber os valores, até que a situação seja regularizada. Para os municípios, as penalizações incluem redução nos repasses ou até a interrupção total das verbas.
Tais ações visam proteger os recursos destinados às famílias que realmente precisam. Porém, o economista Valfredo de Farias alerta que cortes significativos nos benefícios podem afetar a economia local, especialmente em cidades menores, onde o consumo das famílias beneficia o comércio.
Sendo assim, o monitoramento constante dos registros no CadÚnico é essencial para assegurar que os programas sociais cumpram seu objetivo. Revisões como a atual não apenas corrigem possíveis erros, mas também fortalecem a credibilidade do sistema.
Apenas com mais transparência e rigor, os benefícios chegam a quem realmente necessita, evitando desperdícios e contribuindo para o bem-estar coletivo.
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