O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma assistência social destinada a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência (PCDs) de qualquer idade que vivem em famílias de baixa renda.
Diferente de benefícios previdenciários, como aposentadoria, o BPC não exige contribuição ao INSS. Em vez disso, ele visa garantir uma renda mínima para famílias em situação de vulnerabilidade, proporcionando maior dignidade e segurança financeira.
Contudo, muitas mães se perguntam se podem trabalhar sem que o benefício do filho seja comprometido. Entender as regras e critérios do BPC é essencial para esclarecer essa dúvida.

Entendendo as regras de renda do BPC
O BPC é concedido às famílias cuja renda per capita seja inferior a 1/4 do salário mínimo, que em 2024 corresponde a R$ 353,00 por pessoa. Esse critério é essencial para determinar quem tem direito ao benefício.
A renda per capita é calculada somando-se os rendimentos de todos os membros da família que moram na mesma residência e dividindo o total pelo número de pessoas. No caso de famílias com mais de um membro com deficiência, o cálculo considera os valores do benefício recebido.
As famílias precisam monitorar regularmente sua renda, pois qualquer alteração que ultrapasse o limite estipulado pode levar à perda do BPC. Por isso, é fundamental comunicar mudanças, como novos empregos ou aumentos de salário, ao órgão responsável para evitar problemas futuros.
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Se eu começar a trabalhar, meu filho perde o BPC?
Trabalhar não impede automaticamente que o filho continue recebendo o BPC, desde que a renda familiar per capita permaneça dentro do limite de 1/4 do salário mínimo. Por exemplo, se uma família de quatro pessoas conta com um membro que recebe o BPC, e a renda total da casa dividida pelo número de pessoas é inferior a R$ 353,00, o benefício será mantido.
Se o trabalho do responsável aumentar a renda a ponto de ultrapassar o limite, o benefício pode ser cancelado. No entanto, casos de dúvida podem ser analisados pela Assistência Social para verificar a manutenção do benefício com base nas condições reais da família. Esse acompanhamento garante que o BPC continue a atender quem realmente precisa.
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Quais as regras para manter o benefício?
Para manter o BPC, os beneficiários devem cumprir exigências legais, como manter o cadastro atualizado no CadÚnico. Esse processo é essencial, pois os dados precisam refletir mudanças na renda, composição familiar ou endereço.
O não cumprimento dessas exigências pode resultar no cancelamento do benefício. Além disso, o BPC não pode ser acumulado com benefícios previdenciários, como aposentadoria ou seguro-desemprego.
O benefício também exige comprovação da deficiência, que deve ser avaliada por meio de perícia médica. Em caso de famílias com mais de um membro com deficiência, o cálculo de renda é ajustado, considerando os valores recebidos de outros benefícios.
Dá para uma família receber mais de um BPC?
Sim, uma família pode receber mais de um BPC, desde que cada beneficiário atenda aos critérios individuais do programa. Por exemplo, se uma família tem dois filhos com deficiência, ambos podem receber o benefício, desde que a renda per capita permaneça abaixo do limite de 1/4 do salário mínimo.
Nesse caso, o cálculo da renda per capita é ajustado, subtraindo-se os valores dos BPCs recebidos antes de dividir pela quantidade de membros da família. É importante reforçar que as regras do BPC existem para garantir um suporte justo e direcionado às famílias em maior vulnerabilidade.
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