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Regra de renda do BPC dá um passo atrás: veja o que muda e atenção ao benefício!

Agora, as regras do BPC vão passar por mudanças para melhor contemplar famílias que precisam dos pagamentos mensais.

O governo federal anunciou ajustes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa essencial para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Essas mudanças têm o objetivo de fortalecer o controle sobre a concessão do benefício, garantindo que ele seja direcionado a quem realmente precisa.

Como parte do pacote fiscal, as novas regras foram apresentadas com o objetivo de melhorar a sustentabilidade financeira do programa e adequar sua execução às políticas de justiça social.

Diante disso, beneficiários e interessados devem estar atentos às alterações para garantir o cumprimento das exigências previstas. Afinal, o BPC ainda será um benefício com regras bem específicas e cada vez mais rígidas.

O BPC vai passar por mudanças a partir do próximo ano. Confira quais devem chegar.
O BPC vai passar por mudanças a partir do próximo ano. Confira quais devem chegar. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

BPC na mira do pacote fiscal

O Benefício de Prestação Continuada está entre os alvos principais do pacote fiscal do governo federal. Como medida assistencial, o BPC representa um gasto significativo para os cofres públicos, especialmente porque é pago pelo INSS, pressionando a previdência social.

Para equilibrar as contas, o Ministério da Fazenda propôs mudanças rigorosas no acesso e na manutenção do benefício. Entre as alterações, destaca-se o uso da aposentadoria e pensão como parte do cálculo da renda familiar, o que impactará diretamente a elegibilidade de novos beneficiários.

O foco das novas regras é assegurar que o BPC atenda exclusivamente pessoas incapacitadas para o trabalho ou para a vida independente. A ideia é corrigir distorções que possibilitavam a inclusão de beneficiários que não se enquadravam nos critérios previstos na legislação. Com isso, o governo espera economizar R$ 12 bilhões até 2030, direcionando o benefício de forma mais eficiente.

Além disso, as novas exigências fortalecem os mecanismos de controle, como o uso obrigatório de biometria para acessar e atualizar o cadastro. Essa medida busca evitar fraudes e assegurar que os dados estejam sempre atualizados. A biometria passou a ser um requisito fundamental desde setembro, consolidando a estratégia do governo de modernizar o processo de concessão e revisão do BPC.

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Como o benefício é hoje?

Atualmente, o Benefício de Prestação Continuada é pago a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que enfrentam impedimentos de longo prazo. Esses obstáculos, que podem ser físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais, devem comprometer a capacidade do indivíduo de participar plenamente da sociedade em igualdade de condições. Além disso, a renda familiar per capita precisa ser de até um quarto do salário mínimo.

Outro requisito essencial para ter direito ao BPC é a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), com os dados devidamente atualizados nos últimos dois anos. O programa também exige que todos os integrantes da família apresentem seus CPFs para comprovar a composição familiar. É necessário ser brasileiro ou possuir nacionalidade portuguesa, além de residir permanentemente no Brasil.

O BPC é uma política assistencial garantida pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), não estando vinculado a contribuições previdenciárias. Com isso, o benefício proporciona uma renda de um salário mínimo, essencial para a subsistência de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, mas demanda rígido controle para evitar fraudes e concessões indevidas.

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Quais mudanças chegam ao BPC?

As novas regras previstas no pacote fiscal trazem alterações importantes para o BPC. Agora, será necessário comprovar que a incapacidade para o trabalho ou vida independente é total, eliminando interpretações que permitiam margens de subjetividade na análise dos pedidos.

A renda de cônjuges, mesmo que não coabitem com o beneficiário, também passará a ser considerada no cálculo de elegibilidade. Outro ponto relevante é a inclusão da renda de parentes próximos, como irmãos, filhos e enteados, desde que vivam sob o mesmo teto ou o beneficiário more com eles.

Além disso, cadastros desatualizados há mais de 24 meses precisarão ser regularizados, com a inclusão do Código Internacional de Doenças (CID) para reforçar a comprovação das condições de saúde.

A biometria, que já é obrigatória para novos requerimentos, será ampliada para todas as atualizações cadastrais. A renda de aposentadorias e pensões volta a ser incluída no cálculo da renda familiar, endurecendo os critérios de concessão.

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