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13º salário: datas, cálculo e como usar o dinheiro extra de fim de ano

Guia completo e descomplicado sobre o décimo terceiro, com dicas para calcular o valor, entender os descontos e planejar suas finanças para 2025.

A chegada do décimo terceiro salário é sempre um alívio e uma excelente notícia no fim do ano. Esse dinheiro extra, garantido por lei, é o famoso salário de Natal. Ele faz toda a diferença para o trabalhador brasileiro.

Muita gente conta com esse valor para fechar as contas, quitar dívidas ou até mesmo planejar as festas e viagens de fim de ano. Mas, para aproveitar ao máximo, o ideal é entender bem como o cálculo é feito e quais são os prazos de pagamento.

Afinal, conhecer a fundo seus direitos e o valor que vai cair na conta permite um planejamento financeiro muito mais eficiente. Evitar surpresas desagradáveis com descontos e já ter um destino para o dinheiro são passos essenciais.

Vamos desmistificar todo o processo, desde a conta básica até os detalhes mais práticos. O objetivo é que você saiba exatamente o que esperar e como usar esse recurso da melhor maneira possível.

Quem tem direito a receber o 13º salário?

Qualquer trabalhador formal, ou seja, com carteira de trabalho assinada (CLT), tem direito a receber o décimo terceiro. Isso inclui trabalhadores rurais, domésticos e temporários.

O benefício vale também para aposentados e pensionistas do INSS. Contudo, autônomos e estagiários não recebem o valor, já que não possuem vínculo empregatício formal nos moldes da CLT.

Se você foi demitido sem justa causa, deve receber o valor proporcional. Quem foi desligado por justa causa, no entanto, perde o direito ao benefício.

Até quem esteve afastado por licença-maternidade ou por acidente de trabalho tem o pagamento garantido. Nestes casos, o INSS ou o empregador se responsabiliza pela parte do pagamento.

Como é feito o cálculo do 13º salário

O décimo terceiro corresponde a um salário extra integral, considerando os 12 meses do ano. A base do cálculo é sempre a sua remuneração de dezembro.

Se você trabalhou o ano todo na mesma empresa, o cálculo é bem direto. O valor bruto do seu 13º será o mesmo do seu salário mensal.

Para quem começou a trabalhar no meio do ano, o valor é proporcional aos meses de serviço. Cada mês trabalhado por 15 dias ou mais conta como um mês inteiro para o cálculo.

O cálculo proporcional é simples: você divide o seu salário bruto por 12 e multiplica o resultado pelo número de meses trabalhados. Por exemplo, se seu salário é R$ 3.000 e você trabalhou 8 meses, o cálculo fica R$ 3.000 / 12 x 8, totalizando R$ 2.000 brutos.

Adicionais que entram na conta

É importante saber que o valor não é só o salário fixo. O décimo terceiro considera a média de outros valores que você recebe com frequência.

Isso inclui horas extras habituais, comissões, adicional noturno, insalubridade e periculosidade. Todos esses valores precisam ser somados e considerados na base de cálculo.

Portanto, o 13º deve refletir o que você realmente ganhou ao longo do ano, e não apenas o seu salário base. Sua empresa calcula a média desses adicionais no ano para incluir no benefício.

Prazos e parcelas de pagamento

O pagamento do décimo terceiro é obrigatório e geralmente acontece em duas parcelas. Existe um prazo legal para que as empresas efetuem esses depósitos.

A primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro. Muita gente recebe no meio do ano ou em novembro, mas o prazo máximo é 30 de novembro.

Sobre essa primeira parte, que geralmente corresponde à metade do valor bruto, não há descontos de INSS ou Imposto de Renda (IRRF).

Já a segunda parcela tem o prazo final de pagamento em 20 de dezembro. É nesta segunda etapa que ocorrem os descontos obrigatórios.

Se as datas caírem em um fim de semana, o pagamento deve ser adiantado para o último dia útil anterior.

Entendendo os descontos

Os descontos obrigatórios só incidem sobre o valor total do 13º e são aplicados integralmente na segunda parcela. Por isso, a segunda parte costuma ser menor que a primeira.

Os descontos são do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, dependendo do valor, do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte). As alíquotas de INSS variam conforme a faixa salarial, seguindo a tabela vigente.

O Imposto de Renda também segue uma tabela progressiva, com isenção para salários menores e alíquotas crescentes para rendas mais altas. A empresa é responsável por aplicar corretamente esses descontos.

Fique atento ao seu holerite para conferir se as deduções estão corretas.

Como planejar o uso do 13º salário

Ter um dinheiro extra no final do ano é uma ótima chance para organizar a vida financeira. O segredo é ter um planejamento antes que o valor caia na conta.

Priorize sempre a quitação de dívidas com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito. Livrar-se delas é o melhor investimento que você pode fazer.

Muitas famílias aproveitam o 13º para antecipar despesas comuns do início do ano, como IPVA, IPTU e material escolar. Pagar à vista costuma garantir um bom desconto.

Se suas contas estiverem em dia, considere criar uma reserva de emergência ou investir o dinheiro. Evite ao máximo o consumo por impulso.

Use o 13º de forma inteligente, focando em segurança e estabilidade financeira. Assim, o benefício de final de ano se torna um verdadeiro motor para a sua tranquilidade futura.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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