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Aproximadamente 1 milhão de famílias unipessoais perderam o Bolsa Família; entenda o motivo

Milhares de famílias compostas por apenas uma pessoa foram excluídas do Bolsa Família nos últimos dias por um motivo específico.

O Bolsa Família é um dos principais programas de transferência de renda do Brasil, criado para combater a pobreza e promover a inclusão social. Seu objetivo é garantir que milhões de famílias em situação de vulnerabilidade tenham acesso a recursos mínimos para alimentação, saúde e educação.

Para receber o benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e atender aos critérios de renda estabelecidos pelo governo. Desde sua reformulação em 2023, o programa passou por mudanças, incluindo novas regras de concessão e cortes de beneficiários.

Essas alterações impactaram principalmente famílias unipessoais, que representam uma parcela significativa dos inscritos.

O Bolsa Família pode estar suspendendo beneficiários unipessoais. Confira como se proteger.
O Bolsa Família pode estar suspendendo beneficiários unipessoais. Confira como se proteger. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Famílias unipessoais foram excluídas do Bolsa Família

A nova fase do Bolsa Família trouxe uma fiscalização mais rígida, resultando na exclusão de milhares de famílias unipessoais do programa. Dados oficiais mostram que, em 2023, cerca de 4,9 milhões dessas famílias recebiam o benefício, mas esse número caiu para 3,9 milhões em 2024.

O corte afetou principalmente pessoas que vivem sozinhas e possuem uma renda variável, o que as coloca fora dos critérios estabelecidos pelo governo.

O programa agora impõe um limite municipal de 16% para novas concessões a famílias unipessoais. Essa medida visa corrigir distorções ocorridas entre 2021 e 2022, quando o Auxílio Brasil, da gestão anterior, ampliou significativamente o número de beneficiários dessa categoria.

No entanto, esse novo critério fez com que muitas pessoas fossem excluídas, mesmo cumprindo os requisitos de renda. Atualmente, 6,1 milhões de famílias unipessoais estão inscritas no Cadastro Único, mas apenas 3,9 milhões recebem o benefício, deixando 2,2 milhões sem acesso ao programa.

A exclusão atinge com mais força grandes centros urbanos, onde a concentração populacional é maior e a concorrência pelo benefício se intensifica. Em cidades densamente habitadas, a demanda por assistência social supera os limites impostos pelo governo, dificultando a inclusão de novas famílias no programa.

Esse cenário levanta questionamentos sobre a adequação das regras à realidade socioeconômica do país e à diversidade das necessidades regionais.

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Por que isso está acontecendo?

O governo justificou as exclusões com base em uma revisão dos critérios do Bolsa Família. O foco da fiscalização está na comprovação da renda, que deve ser inferior a R$ 218 por pessoa.

Se um beneficiário consegue um trabalho temporário e recebe mais do que esse valor, ainda que de forma esporádica, ele perde automaticamente o direito ao benefício. Essa situação cria um paradoxo: a pessoa não superou a condição de vulnerabilidade, mas fica de fora do programa por conta de uma renda ocasional.

Outro fator que contribui para a exclusão de famílias unipessoais é o teto municipal de concessões. O governo determinou que apenas 16% dos beneficiários de cada cidade podem ser dessa categoria, restringindo o acesso ao programa em muitas localidades.

Mesmo que uma pessoa atenda aos critérios de renda, ela pode ser impedida de receber o benefício caso a cidade já tenha atingido o limite estabelecido. Essa regra impacta principalmente moradores de grandes centros urbanos, onde a demanda pelo Bolsa Família é maior.

Além disso, a dificuldade de retorno ao programa após a exclusão agrava a situação de quem perde o benefício. Embora exista uma regra que permite a permanência parcial por até dois anos para quem melhora a renda, a reintegração ao programa não é automática.

O processo pode ser burocrático e demorado, deixando muitas pessoas sem assistência por longos períodos. Esse problema é ainda mais crítico para idosos, pessoas com doenças graves ou indivíduos sem acesso fácil a serviços de assistência social.

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Como diminuir o risco de ser suspenso?

  • Mantenha o cadastro atualizado – O governo exige que os dados no Cadastro Único sejam renovados periodicamente. Informações desatualizadas podem levar à exclusão do programa.
  • Evite rendimentos irregulares – Pequenos trabalhos temporários podem fazer com que a renda ultrapasse o limite permitido. Beneficiários devem planejar seus ganhos para evitar a suspensão do benefício.
  • Consulte o CRAS regularmente – O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) pode fornecer orientações sobre como garantir a permanência no programa e auxiliar no recadastramento.

O Bolsa Família continua sendo um suporte essencial para milhões de brasileiros, mas suas novas regras exigem atenção dos beneficiários. Quem depende do programa precisa acompanhar as mudanças e tomar medidas para evitar a suspensão do benefício.

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