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Bolsa Família: 1 milhão de unipessoais foram excluídas do programa por ESTE motivo

Mais de 1 milhão de famílias unipessoais foram excluídas do Bolsa Família. Entenda o principal motivo dos cortes e quem ainda corre risco de perder o benefício.

Milhões de pessoas que vivem sozinhas lutam todos os dias para manter a casa, pagar contas e ainda conseguir se alimentar.

Para essas pessoas, programas sociais como o Bolsa Família sempre foram um apoio importante, ajudando a colocar comida na mesa e pagar o básico. Mas, nos últimos meses, muitas delas ficaram de fora desse auxílio e agora precisam encontrar outras formas de sobreviver.

Quem caminha sozinho sabe como as despesas do dia a dia pesam. Com o aluguel, energia, água e alimentação, o salário que entra — quando entra — quase nunca dá conta de tudo. Assim, mesmo quem consegue um trabalho temporário ou um bico não tem segurança financeira.

Bolsa Família: 1 milhão de unipessoais foram excluídas do programa por ESTE motivo
Corte de unipessoais do Bolsa Família afeta pessoas mais pobres! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Por que o governo cortou o Bolsa Família de quem vive sozinho

Perder o Bolsa Família deixa um vazio que afeta diretamente o bem-estar de milhares de pessoas. A situação se torna ainda mais difícil quando a pessoa tem problemas de saúde, é idosa ou enfrenta outras dificuldades.

Para quem vive nessas condições, o Bolsa Família fazia diferença para seguir em frente. Agora, com as novas regras, muitos que realmente precisam ficaram sem o benefício e enfrentam o medo de não conseguir mais voltar ao programa.

O número de pessoas que recebem o Bolsa Família como unipessoais, ou seja, quem mora sozinho, caiu bastante depois que o governo mudou as regras. Hoje, só 16% dos beneficiários podem ser pessoas que vivem sozinhas em cada cidade. Antes, esse número era bem maior.

Além disso, o governo fixou a renda máxima em R$ 218 por mês por pessoa. Se a pessoa aumenta um pouco a sua renda mensal, pode perder direito ao programa.

Dessa forma, as mudanças atingem especialmente quem está nas grandes cidades, onde o custo de vida é mais alto e há mais pessoas morando sozinhas. Mesmo pessoas em situação de rua ou moradoras de instituições, como abrigos, estão entre os que mais sofrem com os cortes.

Saiba mais: Novidade no Cadastro Único atinge quem recebe Bolsa Família em março

Como a exclusão dificulta a vida de quem mais precisa

O Cadastro Único tem mais de 6 milhões de pessoas sozinhas registradas, mas menos da metade delas recebe o Bolsa Família atualmente.

A explicação oficial do governo é que o limite de 16% serve para corrigir problemas antigos, quando o Auxílio Brasil, do governo anterior, aumentou o número de pessoas sozinhas recebendo o benefício.

De qualquer forma, especialistas apontam que faltou pensar na realidade de cada lugar. Afinal, o Brasil é um país grande e diverso, e o que vale para uma cidade pequena do interior pode não funcionar em uma capital como São Paulo ou Salvador.

Assim, muitos que saíram do programa não conseguem nem ao menos voltar a se inscrever, mesmo quando voltam a viver em situação de miséria. Para piorar, o retorno ao programa se torna um caminho cheio de obstáculos. O sistema exige novas provas de renda, visitas ao CRAS e longos prazos para análise.

O governo até criou uma regra de transição, que mantém metade do valor do benefício por até dois anos, para quem começa a trabalhar e ganha um pouco mais. Mas, na prática, muita gente que morava sozinha e ganhava pouco mesmo assim perdeu o direito, pois o limite é muito baixo.

Veja também: Veja comunicado do Bolsa Família antes de iniciar o calendário de março

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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