Vai subir ao altar? Veja se o casamento pode cortar seu Bolsa Família
Mudanças na composição familiar e renda per capita podem afetar o benefício; saiba como o casamento influencia no recebimento do Bolsa Família
O Bolsa Família é um dos principais programas sociais do Governo Federal, destinado a famílias em situação de vulnerabilidade econômica. O auxílio garante uma renda mínima de R$ 600 por mês e oferece adicionais para gestantes, crianças e adolescentes, dependendo da composição familiar.
Contudo, alterações na renda ou na estrutura familiar, como o casamento, podem interferir no recebimento do benefício.
A principal regra para permanecer no programa é que a renda mensal per capita da família não ultrapasse R$ 218. Alterações devem ser comunicadas ao Cadastro Único (CadÚnico), garantindo que as informações da família estejam sempre atualizadas.
Casamento pode afetar o Bolsa Família?
O casamento, por si só, não resulta automaticamente na perda do benefício. No entanto, ele pode influenciar o cálculo da renda familiar e, consequentemente, a elegibilidade ao programa.
Casamento entre beneficiários do Bolsa Família
Quando dois beneficiários do programa se casam e passam a residir na mesma casa, ambos os cadastros são unificados. O benefício será mantido apenas para uma pessoa responsável pelo núcleo familiar.
Casamento entre beneficiário e não-beneficiário
Se o cônjuge não estiver inscrito no programa, mas possui renda, o valor será somado ao total familiar. Caso a renda per capita ultrapasse os R$ 218, o Bolsa Família poderá ser suspenso.
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Regras para cálculo da renda familiar
A renda per capita é obtida pela soma de todos os rendimentos da família dividida pelo número de integrantes. Valores provenientes do próprio Bolsa Família não entram no cálculo.
Por exemplo:
- Uma família com quatro membros e renda total de R$ 800 possui uma renda per capita de R$ 200. Nesse caso, permanece elegível.
- Caso um novo cônjuge contribua com R$ 500, a renda total sobe para R$ 1.300, e a renda per capita para R$ 325. Assim, a família ultrapassaria o limite do programa.
Como manter o Bolsa Família após o casamento
É essencial que as informações no CadÚnico sejam atualizadas sempre que houver mudanças. Alterações como o casamento e a entrada de um novo membro na família devem ser registradas. Isso evita problemas na análise do benefício e reduz o risco de bloqueios.
Além disso, as famílias devem cumprir todas as condicionalidades do programa, que incluem:
- Frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos e 75% para alunos a partir de 6 anos.
- Manutenção da caderneta de vacinação em dia para menores de 7 anos.
- Acompanhamento pré-natal para gestantes.
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Benefício continua para famílias elegíveis
Se o casamento não resultar em aumento significativo da renda ou se a renda per capita permanecer dentro do limite, a família continuará a receber o Bolsa Família.
Em alguns casos, a inclusão de novos membros pode até aumentar o valor total do benefício, devido aos adicionais pagos para crianças, adolescentes e gestantes.
O programa mantém um papel fundamental no combate à pobreza e à desigualdade, ajudando milhões de famílias a terem acesso a alimentação, educação e saúde.
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Mudanças como o casamento podem influenciar no recebimento do Bolsa Família, mas o impacto depende do aumento da renda per capita e da atualização do CadÚnico.
Para evitar problemas, mantenha suas informações atualizadas e cumpra os requisitos do programa. Assim, você garante a continuidade do benefício e o apoio necessário para sua família.