Entenda as regras atualizadas para acessar o BPC/LOAS em 2025 e saiba como solicitar um dos principais auxílios sociais do Governo Federal.
O Brasil é um país com grande número de pessoas que vivem com poucos recursos. Muitos brasileiros enfrentam dificuldades até para comprar comida ou pagar contas básicas. Para essas famílias, qualquer ajuda faz diferença no fim do mês.
Entre os programas criados para apoiar quem mais precisa, existe um que tem papel importante no dia a dia de milhares de famílias. Ele não exige contribuição ao INSS e pode ser solicitado mesmo por quem nunca trabalhou com carteira assinada.
Apesar da importância, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem pode pedir, como funciona e quais documentos são exigidos. A seguir, explicamos de forma simples tudo o que você precisa saber sobre o Benefício de Prestação Continuada.

Cidadãos aptos a receber o BPC mensalmente
O BPC atende dois grupos diferentes: pessoas com mais de 65 anos e quem tem alguma deficiência que impede a vida com autonomia. Para ambos, é necessário comprovar que a renda por pessoa da família é menor que R$ 379,50, valor que corresponde a um quarto do salário mínimo de 2025.
Além da renda baixa, a pessoa precisa morar no Brasil de forma fixa e não pode receber nenhum outro pagamento do INSS, como pensão ou aposentadoria. Isso porque ele não é cumulativo, já que não exige contribuições prévias.
Também é obrigatório que o solicitante tenha um registro atualizado no Cadastro Único. Afinal, esse cadastro reúne informações sobre a família, como endereço, renda e quem mora na mesma casa.
No caso das pessoas com deficiência, o processo é um pouco mais longo. É necessário apresentar laudos médicos e passar por uma avaliação feita pelo INSS. Eles verificam se a condição realmente impede a pessoa de trabalhar ou de viver sozinha.
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Etapas para solicitar o benefício
A primeira etapa é visitar o CRAS mais próximo para fazer ou atualizar o Cadastro Único. Leve os documentos de todos que moram com você: identidade, CPF, comprovante de endereço e, se houver, carteira de trabalho ou qualquer papel que comprove renda.
Depois de organizar os documentos, o próximo passo é entrar em contato com o INSS. O pedido pode ser feito pelo telefone 135, pelo site ou pelo aplicativo Meu INSS. Durante o processo, o sistema analisa os dados e, se necessário, agenda uma avaliação médica para quem tem deficiência.
O INSS costuma responder em até três meses, mas esse prazo pode variar. Se o pedido for recusado, ainda existe a chance de recorrer. Nesse caso, é possível apresentar novos documentos ou explicar melhor a situação familiar.
Ao se inscrever no Cadastro Único, a família não só entra no caminho do BPC, mas também pode ter acesso a outros auxílios. Um deles é o desconto na conta de luz, oferecido pela Tarifa Social, que reduz o valor da fatura em até 65%.
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Outros programas ligados ao Cadastro Único
Além do desconto na tarifa de luz, também é possível participar do Vale Gás, que ajuda na compra de botijão a cada dois meses. Outro exemplo é o Bolsa Família, voltado para famílias com renda muito baixa.
Para quem tem mais de 60 anos, há ainda a possibilidade de pedir a Carteira do Idoso, que permite viajar de ônibus entre cidades sem pagar um centavo. Muitos idosos desconhecem essa alternativa e acabam perdendo vantagens.
Por isso, é importante manter os dados do Cadastro Único sempre atualizados. Mudanças como nascimento de filhos, mudança de casa ou falecimento de algum membro da família precisam ser informadas ao CRAS o quanto antes.
Ao mesmo tempo, quem deseja receber o BPC deve ter todos os papéis em dia. Isso inclui documentos pessoais de cada pessoa da família, comprovantes de endereço e, se houver, comprovantes de renda. Pessoas com deficiência precisam apresentar também relatórios médicos detalhados.
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O que fazer após realizar pedido ao INSS?
Depois de entregar todos os papéis, a pessoa pode acompanhar o andamento do pedido de casa. Basta usar o aplicativo Meu INSS ou ligar para o número 135. O sistema mostra se faltam documentos ou se o pedido já foi aceito.
Se o benefício for aprovado, o pagamento cai todo mês na conta informada durante o processo. O valor, em 2025, é de R$ 1.518, mesmo valor do salário mínimo. A pessoa pode usar o dinheiro para comprar remédios, comida, pagar aluguel ou outras despesas básicas.
Caso o pedido seja recusado, ainda há como recorrer. Para isso, é preciso apresentar novos documentos ou pedir uma nova avaliação. Lembre-se de que o prazo para contestar é de até 30 dias após a negativa.
Como dito, o INSS pode pedir documentos extras. Por exemplo, quando o pedido é feito por alguém que cuida da pessoa, pode ser necessário levar uma procuração assinada. A falta de qualquer item pode atrasar bastante a análise, por isso vale a pena checar com antecedência o que é exigido.
Na dúvida, os funcionários do CRAS estão preparados para orientar. Muitos ajudam até a preencher os formulários e explicam como usar o aplicativo do INSS. O atendimento é gratuito e não exige agendamento em boa parte dos municípios.
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BPC: ajuda verdadeira para quem vive com pouco
O BPC representa uma renda estável para muitas famílias. Em áreas mais pobres, ele muitas vezes é o único dinheiro que entra na casa. O valor pode ser usado para pagar contas, fazer compras no mercado ou levar o familiar ao médico.
Quem tem alguma limitação física ou mental também se beneficia ao usar o dinheiro para comprar fraldas, remédios ou equipamentos de apoio. Com isso, a família vive com mais segurança e menos preocupação.
O benefício não resolve todos os problemas, mas serve como apoio em momentos difíceis. Por isso, vale a pena conhecer os critérios, reunir os documentos e dar entrada no pedido o quanto antes. O atendimento no CRAS é o melhor ponto de partida.