Reajuste na conta de luz pega consumidores de surpresa em março
Consumidores brasileiros precisam preparar o bolso para mudanças na conta de luz que estão por vir.
Os brasileiros devem se preparar para um aumento na conta de luz a partir de maio de 2025. O motivo principal é a falta de chuvas e o baixo nível de água nas usinas hidrelétricas, que dificultam a geração de energia.
Quando isso acontece, o custo de produção sobe, e a cobrança extra na conta de luz passa a ser aplicada por meio do sistema de bandeiras tarifárias.
Atualmente, a conta de luz opera com a bandeira verde, que significa que não há cobrança extra no consumo de energia elétrica. No entanto, especialistas e órgãos reguladores, como a Aneel, já confirmaram que em maio será acionada uma nova bandeira.

Sistema de bandeiras tarifárias da Aneel
Atualmente, a Aneel adota quatro níveis de bandeiras, que indicam a situação da produção de energia elétrica no país. Quanto pior for a situação das usinas, mais caro fica o custo da energia. Os valores cobrados por cada bandeira são os seguintes:
- Bandeira Verde: Condições normais de geração. Sem custo extra.
- Bandeira Amarela: Condições menos favoráveis. Custo extra de R$ 18,85 por MWh, ou R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira Vermelha Patamar 1: Condições desfavoráveis. Custo extra de R$ 44,63 por MWh, ou R$ 4,46 a cada 100 kWh.
- Bandeira Vermelha Patamar 2: Condições muito desfavoráveis. Custo extra de R$ 78,77 por MWh, ou R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Em maio, a bandeira amarela começará a valer. Mas, segundo especialistas, há grande possibilidade de que em julho a bandeira vermelha patamar 1 ou 2 seja aplicada, tornando a conta de luz ainda mais cara.
O Brasil depende principalmente das usinas hidrelétricas para gerar energia. Quando há períodos longos de seca e poucas chuvas, os reservatórios ficam com pouca água, reduzindo a capacidade de geração elétrica. Com isso, o governo precisa acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluem mais.
Nos últimos meses, o clima seco e as altas temperaturas fizeram com que o nível dos reservatórios baixasse, aumentando a necessidade de acionamento dessas usinas térmicas. Este custo maior será repassado para os consumidores através da cobrança extra nas contas de luz.
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Consumidores sentirão peso no bolso
Com a entrada da bandeira amarela em maio, os consumidores terão um pequeno aumento na conta de energia. Para uma residência que consome 200 kWh por mês, o valor extra será de R$ 3,76. No entanto, se a bandeira vermelha patamar 2 for aplicada em julho, esse custo pode saltar para R$ 15,74 a mais.
As famílias de baixa renda que são atendidas pela Tarifa Social continuam isentas dessas cobranças extras, mas a alta na conta de luz afeta todos os outros consumidores, incluindo pequenos comércios e indústrias.
Para não ter surpresas na conta de luz, algumas medidas simples podem ajudar a reduzir o consumo de energia e diminuir o peso das tarifas:
- Evite banhos longos e ajuste o chuveiro para a temperatura morna ou fria quando possível.
- Desligue aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem sendo usados, pois muitos continuam consumindo energia no modo stand-by.
- Use lâmpadas LED, que consomem menos energia do que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes.
- Aproveite a luz natural durante o dia e evite acender lâmpadas sem necessidade.
- Evite abrir a geladeira com frequência e verifique se a borracha de vedação está em bom estado para evitar desperdício de energia.
- Use a máquina de lavar e ferro de passar roupas de forma eficiente, acumulando uma quantidade maior de peças antes de ligar os aparelhos.
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Conta de luz mais cara preocupa brasileiros
Portanto, a partir de maio de 2025, a conta de luz vai subir devido à ativação da bandeira amarela. A falta de chuvas e o alto consumo de energia são os principais responsáveis pelo aumento. Especialistas alertam que, até julho, as tarifas podem ficar ainda mais caras, chegando à bandeira vermelha.
Diante desse cenário, é importante que os consumidores fiquem atentos ao uso de energia e adotem medidas para economizar, evitando um problema maior no orçamento familiar.