Restituição no primeiro lote: veja como garantir dinheiro de volta da Receita
Receita Federal inicia o pagamento do primeiro lote de restituição nos próximos dias, contemplando milhões de contribuintes idosos, PCDs e professores
Muita gente espera o mês de maio com ansiedade, principalmente quem já entregou a declaração do Imposto de Renda. Receber a restituição logo no primeiro lote pode fazer diferença no orçamento. Mas nem todos entram nessa lista de início.
A liberação da restituição segue um calendário dividido em etapas. Mesmo quem declarou cedo precisa entender as regras para saber se o pagamento virá agora ou mais tarde. A Receita organiza a fila com base em alguns critérios específicos.
Quem acompanha de perto as datas e evita erros na hora de preencher o formulário costuma sair na frente. Por isso, prestar atenção aos detalhes pode ajudar a receber mais cedo e evitar dores de cabeça com pendências.

Contribuintes com direito à primeira restituição
O primeiro lote da restituição será pago no dia 30 de maio. Nesse mesmo dia, também termina o prazo para enviar a declaração. A Receita usa uma ordem de prioridade para escolher quem recebe primeiro, começando pelos grupos que mais precisam.
Pessoas com 80 anos ou mais entram no início da fila. Logo depois, aparecem aqueles com mais de 60 anos, além de quem tem alguma deficiência física, mental ou doença grave. Esses grupos recebem antes por causa das regras de prioridade definidas por lei.
Professores também ganham prioridade quando a maior parte da renda vem do magistério. Além disso, quem usou o modelo pré-preenchido e escolheu receber por Pix também ganha vantagem. Depois desses, entram os demais contribuintes, conforme a data de envio da declaração.
O valor da restituição aparece quando a Receita percebe que o contribuinte pagou mais imposto do que deveria. Isso acontece por causa de descontos no salário, pagamento de carnê-leão ou outras formas de antecipação. O sistema calcula a diferença e mostra o que será devolvido.
Deduzir despesas legais ajuda a aumentar o valor. Gastos com saúde, educação, pensão alimentícia, dependentes e previdência podem reduzir o imposto devido. Quem opta pela declaração completa geralmente consegue mais restituição, desde que tenha documentação para tudo.
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Quais são os riscos de perder o primeiro lote?
Para saber se a restituição está liberada, o contribuinte pode acessar o site da Receita ou o aplicativo “Meu Imposto de Renda”. Basta informar CPF e data de nascimento. Se o pagamento estiver programado, o sistema mostra a data, o valor e o banco que fará o depósito.
Contudo, mesmo quem preenche a declaração cedo pode ficar de fora se cometer erros. O sistema faz uma análise detalhada e, ao encontrar problemas, coloca a pessoa na malha fina. Isso significa que a Receita vai revisar as informações antes de liberar qualquer valor.
Entre os erros mais comuns estão omitir fontes de renda, declarar dependentes sem comprovação e incluir despesas sem recibo. Outro deslize frequente envolve confundir valores ou informar dados incompletos. A pressa na hora de preencher pode gerar mais prejuízo do que benefício.
Quem cair na malha fina pode retificar a declaração depois do prazo. O sistema permite correções por até cinco anos. No entanto, não dá para mudar o tipo de declaração (de completa para simplificada ou o contrário) após o envio final.
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Quando saem os outros pagamentos da Receita?
Além do primeiro lote, a Receita preparou um calendário com mais quatro etapas. O segundo grupo recebe em 30 de junho. O terceiro, em 31 de julho. O quarto, em 29 de agosto. E o último, em 30 de setembro.
A ordem respeita os critérios de prioridade e a data de envio da declaração. Quem enviou logo no início e não caiu na malha costuma aparecer nos primeiros lotes. Já quem entregou no final ou teve pendências pode ter que esperar mais.
O valor é pago na conta bancária indicada na declaração. Por isso, é importante informar os dados corretamente. Quem escolheu receber via Pix deve usar uma chave do tipo CPF para evitar problemas.
Antes de enviar a declaração, revise todos os campos. Verifique se os números batem com os informes de rendimento. Confira o CPF dos dependentes e veja se todas as despesas possuem comprovantes.
Use a declaração pré-preenchida se possível. Ela já traz dados de outras fontes, como bancos e empregadores. Além de poupar tempo, essa versão reduz os riscos de erro.
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