Abono pode chegar a um salário mínimo e milhões de trabalhadores ainda não retiraram o benefício neste ano.
O abono salarial do PIS/Pasep é um benefício anual que pode chegar a um salário mínimo e funciona como um reforço no orçamento de milhões de famílias brasileiras. Ele foi criado para apoiar trabalhadores de baixa e média renda, tanto do setor privado quanto da área pública.
O pagamento do PIS é operado pela Caixa Econômica Federal para quem trabalha em empresas privadas. Já o Pasep é liberado pelo Banco do Brasil para servidores públicos, militares e funcionários de estatais.
Apesar da importância financeira, muitos trabalhadores ainda deixam passar a oportunidade de sacar o valor. A cada ano, milhões não resgatam o benefício, seja por falta de informação, descuido ou dificuldade de acesso.
Por que o prazo final é tão importante
O prazo limite definido para 2025 é a última chance de ter acesso ao valor liberado. Se o saque não for realizado dentro desse período, o dinheiro retorna ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Isso significa que o trabalhador perde temporariamente o direito ao benefício, que só poderá ser resgatado no futuro, caso haja autorização de novos lotes especiais.
Essa devolução ao FAT é o que torna fundamental acompanhar o calendário. Não é raro que pessoas deixem para depois e acabem surpreendidas com a perda do prazo.
Quem tem direito ao abono
Para receber o PIS/Pasep é preciso cumprir condições específicas:
- Ter pelo menos 5 anos de cadastro no PIS ou Pasep
- Ter trabalhado com carteira assinada por, no mínimo, 30 dias no ano-base do pagamento
- Ter recebido até dois salários mínimos em média durante esse período
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador no RAIS ou eSocial
Esses critérios buscam garantir que o abono seja direcionado apenas aos trabalhadores de baixa renda que têm vínculo formal de trabalho.
Quanto o trabalhador pode receber
O valor do abono varia conforme o tempo trabalhado no ano-base. Quem trabalhou os 12 meses tem direito a um salário mínimo integral (em 2025, R$ 1.502).
Mas quem atuou apenas parte do ano recebe proporcionalmente:
- 12 meses: R$ 1.502
- 6 meses: R$ 751
- 3 meses: R$ 375,50
Essa proporção garante mais justiça no pagamento, pois considera o período efetivo de trabalho de cada empregado.
Como consultar se tem direito
A consulta pode ser feita pelos aplicativos Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem (para o PIS) ou pelo aplicativo do Banco do Brasil (para o Pasep). No portal gov.br também é possível verificar a situação usando o CPF.
Quem não tem internet pode consultar por telefone, ligando para a Central de Atendimento da Caixa ou do Banco do Brasil. Essa opção é importante sobretudo para trabalhadores em regiões onde o acesso digital ainda é restrito.
Como sacar o PIS
O saque pode ser feito de várias formas:
- Crédito automático em conta da Caixa, se o trabalhador for correntista
- Atendimento em agências, com documento de identificação em mãos
- Retirada em caixas eletrônicos e casas lotéricas usando o Cartão Cidadão e a senha cadastrada
Como sacar o Pasep
No caso dos servidores públicos, militares e estatutários que recebem o Pasep, as opções são:
- Crédito direto na conta corrente do Banco do Brasil
- Atendimento em agências, mediante apresentação de documento oficial
- Solicitação de transferência para outro banco, com autorização dentro da própria agência do BB
O que acontece se perder o prazo
Quem não sacar o benefício dentro do prazo definido perde o direito imediato ao recurso. O valor retorna ao FAT e fica à disposição do governo. Apenas em casos futuros, com novos lotes autorizados, o trabalhador pode ter acesso novamente ao benefício.
Essa regra mostra por que é essencial ficar atento e não deixar o benefício “parado”. O recurso pode fazer falta no orçamento do mês, principalmente para quem conta com esse dinheiro para pagar dívidas ou despesas básicas.
Dicas para não esquecer o saque
- Use o celular para criar lembretes de prazo
- Consulte periodicamente os aplicativos oficiais
- Confirme com o empregador se os dados foram enviados corretamente
- Em caso de dúvida, procure atendimento nas agências ou nos canais digitais antes de vencer o prazo
Um reforço essencial no orçamento
O abono salarial movimenta bilhões de reais na economia e muitas vezes é usado para pagar contas de energia, comprar alimentos ou reforçar a renda mensal. Em regiões mais carentes, seu impacto econômico é ainda mais forte, já que representa parte significativa do poder de compra das famílias.
Mais do que um benefício, o PIS/Pasep é considerado instrumento de justiça social, voltado à valorização do trabalhador de baixa renda.
