Saiba o valor máximo do PIS/Pasep em 2026 com o novo salário mínimo e entenda as novas regras que reduzem gradualmente o limite de renda para receber o benefício.
O Abono Salarial, pago anualmente como PIS (para trabalhadores da iniciativa privada) e Pasep (para servidores públicos), terá seu valor máximo reajustado em 2026. Com a confirmação do novo salário mínimo, o teto do benefício também sobe.
O salário mínimo deve ser reajustado para R$ 1.621 em 2026. Como o valor máximo do PIS/Pasep é sempre equivalente a um salário mínimo, o trabalhador que tiver direito ao valor integral receberá R$ 1.621 no próximo calendário de pagamentos.
Apesar do aumento no valor máximo, o ano de 2026 marca o início de uma grande mudança nas regras de elegibilidade do abono salarial. O governo federal está implementando uma transição que irá, gradualmente, restringir o acesso ao benefício.
O objetivo da mudança, que faz parte de um pacote fiscal, é direcionar os recursos para os trabalhadores de menor renda e equilibrar o orçamento público. Isso significa que, nos próximos anos, menos pessoas terão direito a receber o PIS/Pasep.
O calendário de pagamento de 2026, referente ao ano-base de 2024, deve ser divulgado ainda em dezembro.
Valor do abono salarial em 2026
O valor a ser recebido pelo trabalhador no PIS/Pasep não é fixo; ele varia de acordo com o número de meses trabalhados no ano-base de referência. O cálculo segue sendo feito de forma proporcional.
A regra é simples: divide-se o valor do salário mínimo vigente (que será R$ 1.621 em 2026) por 12 meses e multiplica-se o resultado pelo número de meses trabalhados no ano-base.
Assim, o valor mínimo do abono (para quem trabalhou apenas 30 dias) será de R$ 135,08 (R$ 1.621 / 12). Quem trabalhou o ano todo, recebe o valor integral de R$ 1.621.
| Meses Trabalhados | Valor do Abono (2026) |
| 1 mês | R$ 135,08 |
| 6 meses | R$ 810,48 |
| 12 meses | R$ 1.621,00 |
O reajuste do valor máximo do abono salarial é um reflexo direto da política de valorização do salário mínimo, que incorpora a inflação (INPC) e o crescimento real do PIB de anos anteriores.
A principal mudança: restrição de renda
Apesar do aumento no valor, a principal alteração para o PIS/Pasep a partir de 2026 está no critério de renda para ter acesso ao benefício.
Regra Atual (até 2025): Para ter direito, o trabalhador não podia ter recebido mais do que dois salários mínimos médios de remuneração mensal no ano-base.
Nova Regra (a partir de 2026): O limite de renda deixará de acompanhar o reajuste total do salário mínimo. Ele passará a ser corrigido apenas pela inflação (INPC).
Essa mudança marca o início de uma transição gradual que visa reduzir o teto de renda para, aproximadamente, 1,5 salário mínimo até 2035.
Na prática, isso significa que, enquanto o salário mínimo sobe com ganho real (acima da inflação), o limite de renda para ter acesso ao PIS/Pasep será corrigido de forma mais lenta, pela inflação. Com o tempo, a diferença entre o salário de referência e o limite de renda do abono diminui, excluindo os trabalhadores de rendas mais altas que antes se qualificavam.
O governo projeta que, nos próximos anos, milhões de brasileiros que hoje recebem o abono salarial deixarão de se enquadrar nas regras.
Requisitos que continuam valendo
Apesar da mudança no teto de renda, os demais critérios de elegibilidade para o PIS/Pasep continuam os mesmos:
- Estar cadastrado no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos.
- Ter trabalhado com carteira assinada por, no mínimo, 30 dias no ano-base (2024, para os pagamentos de 2026).
- Ter os dados informados corretamente pelo empregador na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) ou no eSocial.
Informações inacreditáveis como estas, você encontra somente aqui. Fique atento à divulgação do calendário oficial em dezembro e use a Carteira de Trabalho Digital para verificar se você tem direito ao abono em 2026. Tudo sobre o Brasil e o mundo, você acompanha de perto.
