Auxílio-doença inclui novos valores e regras específicas para quem pensa em solicitar
O auxílio-doença passou por mudanças e agora tem novos valores e regras. Veja o que mudou e como isso atinge quem precisa do benefício.
O auxílio-doença, agora chamado de Benefício por Incapacidade Temporária, é um direito dos trabalhadores que precisam se afastar do emprego por problemas de saúde. O pagamento é feito pelo INSS e pode durar enquanto a pessoa estiver sem condições de retornar ao trabalho.
Nos últimos anos, algumas mudanças ocorreram para tornar o processo mais eficiente. Agora, novas regras estão sendo analisadas para garantir que apenas quem realmente precisa receba o benefício. Entre as principais alterações, estão os novos prazos para perícia médica e limites para prorrogação do auxílio.
Além dessas novidades, o cálculo do valor a ser recebido segue critérios específicos, levando em conta o histórico de contribuições. Para entender as novas regras e saber como solicitar o benefício, é importante conhecer os detalhes atualizados.
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Quem tem direito ao auxílio-doença?
O trabalhador precisa atender a dois requisitos para receber o benefício: ter um mínimo de 12 meses de contribuição ao INSS e passar pela perícia médica, comprovando que não pode exercer suas atividades.
Algumas doenças dispensam a exigência de carência, como:
- Câncer, tuberculose ativa e hanseníase;
- Doença de Parkinson e cardiopatia grave;
- Alienação mental e espondiloartrose anquilosante;
- Nefropatia grave e cegueira.
Além dessas condições, problemas de saúde causados pelo trabalho, como síndrome de burnout, depressão e ansiedade, também entram na lista de casos que podem ser avaliados sem necessidade de 12 meses de contribuição.
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Novas regras para perícia médica e prorrogação
Para facilitar a liberação do benefício, o INSS criou a perícia digital, permitindo que o trabalhador apresente apenas um atestado médico quando o afastamento for de até 180 dias.
Por outro lado, a duração do prazo acima pode ser reduzida, com novas perícias sendo exigidas a cada 60 ou 90 dias, dependendo do caso.
Outra mudança afeta quem precisa prorrogar o auxílio-doença. Se o prazo de espera para a perícia médica for menor que 30 dias, o pagamento será mantido até a data da reavaliação. Caso a fila ultrapasse esse período, o benefício será renovado automaticamente por mais 30 dias.
Vale lembrar que tais atualizações visam acelerar os pedidos e evitar que pessoas permaneçam recebendo o auxílio sem necessidade.
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Como calcular o valor do benefício?
O pagamento equivale a 91% da média salarial do trabalhador, respeitando alguns critérios:
- O INSS calcula a média de todos os salários de contribuição feitos desde julho de 1994.
- Sobre esse valor, aplica-se a alíquota de 91%.
- O resultado não pode ultrapassar a média dos 12 últimos salários.
Exemplo:
Se uma pessoa teve 100 contribuições ao INSS, sendo 80 meses sobre um salário de R$ 5.000 e 20 meses sobre um salário de R$ 3.000, o cálculo será:
- (80 x R$ 5.000) + (20 x R$ 3.000) = R$ 460.000
- R$ 460.000 ÷ 100 = R$ 4.600 (salário de benefício)
- 91% de R$ 4.600 = R$ 4.186
Já para MEIs e contribuintes facultativos, o pagamento é fixado em um salário mínimo.
Como solicitar o auxílio-doença?
Por fim, o pedido para o auxílio-doença pode ser feito de forma 100% online pelo Meu INSS (aplicativo ou site). O passo a passo é simples:
- Acesse o portal e faça login;
- Clique na opção “Benefício por Incapacidade”;
- Escolha o serviço desejado;
- Envie o atestado médico e preencha as informações solicitadas.
Caso prefira, o trabalhador pode ir até uma agência dos Correios, onde um funcionário fará a solicitação diretamente no sistema do INSS.
Com essas mudanças, o processo se torna mais ágil e acessível, evitando filas e permitindo que o benefício seja concedido rapidamente para quem realmente precisa.