Novo salário mínimo de R$ 1.631 em 2026: entenda o cálculo
O Governo Federal oficializou a projeção de R$ 1.631 para o salário mínimo de 2026 no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), garantindo aumento real.
Uma das notícias mais aguardadas do ano, o valor do futuro salário mínimo, foi confirmada pelo Governo Federal. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, enviado ao Congresso Nacional em agosto, prevê que o novo piso nacional será de R$ 1.631,00.
Em relação ao valor atual do salário mínimo em 2025 (R$ 1.518,00), o reajuste é de aproximadamente 7,44%, ou R$ 113 a mais.
O reajuste reflete a nova política de valorização do salário mínimo, que busca garantir o aumento real da renda do trabalhador. É importante notar que, embora o valor tenha sido enviado ao Congresso, ele pode sofrer pequenas alterações até o final do ano, dependendo da inflação consolidada, mas a projeção de R$ 1.631 é a oficial do governo.
Como é feito o cálculo do novo Salário Mínimo?
A política de valorização do salário mínimo, retomada recentemente, utiliza uma fórmula que garante que o aumento seja sempre acima da inflação, oferecendo um ganho real para o trabalhador. O cálculo é baseado em dois componentes:
- Inflação: Correção pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses encerrados em novembro do ano anterior. A projeção atual do governo para o INPC está em cerca de 4,78%.
- Crescimento Real do PIB: Adição do percentual correspondente ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No caso de 2026, será considerado o crescimento do PIB de 2024, que foi de 2,5% (ganho real).
O somatório desses dois fatores resulta no valor projetado de R$ 1.631,00.
A consequência direta nas finanças de milhões de pessoas
O aumento do salário mínimo não afeta apenas os trabalhadores que ganham o piso nacional. Ele serve como referência para cerca de 60 milhões de brasileiros e impacta diretamente uma série de benefícios sociais e previdenciários.
1. INSS e Aposentadorias
- Piso Previdenciário: Todas as aposentadorias, pensões e auxílios do INSS que atualmente estão no valor do salário mínimo serão reajustados para R$ 1.631,00.
- Benefícios Acima do Mínimo: Para quem recebe mais que o piso, o reajuste será feito apenas pelo índice da inflação (INPC), sem o ganho real de 2,5%.
- Teto do INSS: O teto máximo pago pela Previdência também será corrigido pelo INPC.
2. Benefícios Sociais
- BPC/LOAS: O Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, é sempre atrelado ao salário mínimo e passará para R$ 1.631,00.
- Abono Salarial e Seguro-Desemprego: Os valores mínimos pagos nesses programas também são ajustados com base no novo piso nacional.
3. Empréstimos Consignados
O aumento do salário mínimo também eleva o valor que aposentados e pensionistas podem pegar em empréstimos consignados, pois a margem consignável (porcentagem máxima que pode ser comprometida com o empréstimo) é calculada sobre o valor do benefício.
4. Orçamento Doméstico e Economia
O reajuste com ganho real tem um efeito multiplicador na economia, pois aumenta o poder de compra das famílias de baixa renda. Esse dinheiro extra costuma ser gasto rapidamente em bens essenciais (alimentação, aluguel, transporte), o que injeta recursos no comércio local e ajuda a movimentar a economia.
Por outro lado, o reajuste é um dos maiores desafios para as contas públicas, pois cada R$ 1,00 de aumento no salário mínimo representa um impacto de mais de R$ 400 milhões anuais no orçamento da União, devido às vinculações com os benefícios.
Próximos Passos
A proposta de R$ 1.631,00 para o salário mínimo de 2026 está contida no PLOA e será debatida e votada pelo Congresso Nacional até o final de dezembro. A previsão é que o valor entre em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026.
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