Acelera, INSS! Governo anuncia novo prazo para DEVOLVER valores de aposentados
INSS inicia a devolução de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, com pagamentos automáticos programados até o final do ano.
Milhares de pessoas que recebem do INSS passaram por uma situação inesperada nos últimos anos. Sem aviso, descontos apareceram nos extratos de aposentados e pensionistas. Muitos sequer sabiam o motivo da cobrança, mas agora, um plano do governo promete resolver essa confusão.
O assunto chamou atenção em todo o país. A Polícia Federal começou a investigar e descobriu um esquema de grande porte. A partir disso, o governo começou a montar uma operação para devolver os valores retirados de forma irregular.
Enquanto isso, os beneficiários começaram a receber alertas e convites para verificar as informações. O INSS, por sua vez, passou a oferecer mais meios para que cada um pudesse checar se sofreu algum desconto não autorizado.

Mais de R$ 6 bilhões do INSS foram desviados
Entre 2019 e 2024, associações usaram acordos com o INSS para aplicar cobranças sem consentimento. O plano envolvia falsificação de assinaturas, promessas falsas de apoio jurídico e até convênios médicos que nunca existiram.
Em alguns casos, o número de associados aumentou de forma bastante estranha, como ocorreu com a Ambec, que pulou de 3 para 600 mil pessoas em apenas dois anos.
A operação revelou que aposentados de regiões rurais foram os principais alvos. Muitos deles nunca usaram celular ou aplicativos, o que facilitou as fraudes. Além disso, a maioria das associações envolvidas não entregou documentos exigidos para atuar com o INSS. Em alguns casos, nem sede física existia.
O governo começou a agir com mais força em 2025. Em abril, suspendeu todos os descontos associados e abriu canais para reclamações. Os Correios e o aplicativo Meu INSS passaram a receber os relatos, mesmo de quem não tem internet em casa.
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Caminho para recuperar os valores
Quem sofreu os descontos pode pedir o reembolso. Basta registrar a queixa pelo aplicativo Meu INSS ou ir até uma agência dos Correios. Após a reclamação, as entidades têm 15 dias para devolver o valor ou apresentar um documento que comprove a autorização.
Se a associação não responder dentro do prazo ou não provar a legalidade do desconto, o caso vai para a Advocacia-Geral da União. O governo, então, tenta recuperar o valor na Justiça. Até agora, cerca de R$ 2,5 bilhões em bens já foram bloqueados para esse fim.
Para acelerar o processo, o governo usa dinheiro do Orçamento. Mas a expectativa é que, com o tempo, consiga repor os cofres públicos ao recuperar os bens das associações. A meta é que todos os aposentados lesados recebam seus valores de volta até dezembro de 2025.
Além dos canais para reclamação, o governo utiliza a Dataprev para cruzar informações e identificar fraudes. A estatal analisa dados dos beneficiários, busca padrões suspeitos e indica possíveis irregularidades. Um novo sistema com biometria também está sendo testado para dar mais segurança.
O pente-fino do INSS analisa cada associação ligada ao programa. A ideia é manter apenas aquelas que oferecem serviços de verdade. O restante será descredenciado. O objetivo é deixar o sistema mais transparente e confiável.
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Atenção aos prazos e mensagens falsas
Outro ponto importante está na segurança. A partir de 2026, será obrigatório confirmar identidade com biometria antes de autorizar qualquer desconto. Isso trará mais proteção para aposentados e pensionistas, principalmente os que vivem em áreas afastadas dos centros urbanos.
Desde maio, o INSS envia notificações para cerca de 9 milhões de pessoas. As mensagens aparecem no aplicativo Meu INSS e pedem que o beneficiário confirme se aceitou o desconto. Se não reconhecer, pode contestar ali mesmo.
O governo também alerta para novos golpes. Algumas pessoas estão se passando por funcionários do INSS e oferecendo ajuda falsa para recuperar valores. O aviso é claro: o instituto não entra em contato por e-mail, WhatsApp ou ligação direta. Toda comunicação oficial ocorre pelo app ou pela central 135.
Para evitar perder o dinheiro, é essencial acompanhar os avisos e agir rapidamente. O prazo para reclamações é curto, e o saque precisa ser feito dentro do período determinado. Depois disso, o reembolso pode ficar mais difícil.
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Trabalho em grupo fortalece ações
Várias áreas do governo se uniram para combater as fraudes. A Previdência, a Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal e a AGU criaram uma força-tarefa. Juntas, essas instituições coordenam novas investigações e trabalham na devolução do dinheiro.
As próximas etapas envolvem bloqueios adicionais de bens, novas operações em outros estados e melhorias nas regras para autorizar descontos. A discussão também chegou ao Congresso, onde deputados e senadores analisam se devem acabar com os descontos em folha ou apenas melhorar o sistema.
O governo estuda todas as possibilidades, mas já deixou claro que não aceitará irregularidades. O foco está em proteger os mais vulneráveis e devolver o que foi retirado de forma indevida. O esforço envolve tecnologia, leis e um novo olhar sobre os direitos de quem trabalhou a vida inteira.