O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve uma redução, apresentando um recuo de 0,77% em julho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse resultado ficou abaixo da expectativa de muitos analistas, que apostavam numa queda um pouco mais acentuada, com a mediana das previsões em 0,88%. As projeções variavam entre 0,66% e 1,19%.
Lembre-se que em junho o IGP-M já tinha recuado bastante, com uma queda de 1,67%. Em termos anuais, o índice acumula uma baixa de 1,70%, mas, se olharmos para os últimos 12 meses, a situação é diferente, com uma alta de 2,96%. É um panorama que pode gerar diferentes sensações de otimismo e preocupação, dependendo da perspectiva.
A principal razão para a redução no índice de julho foi a queda acentuada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que caiu 1,29% após uma queda ainda maior de 2,53% em junho. O IPA-M é fundamental para o IGP-M, pois reflete o custo no atacado.
Por outro lado, os preços que afetam diretamente o consumidor, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), mostraram uma ligeira aceleração. A alta foi de 0,22% em junho, passando para 0,27% em julho. Isso indica que os preços estão subindo um pouco mais rapidamente ao alcance do consumidor.
Outro ponto a se destacar é o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que, embora desacelerado, ainda é significativo. Ele passou de 0,96% em junho para 0,91% em julho, mostrando que o custo na construção civil tem se mantido baixo, mas dentro de uma trajetória que ainda merece nossa atenção.
