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FIES 2025: veja quem pode se inscrever, como funciona e quais as novas regras de financiamento

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) segue como uma das principais portas de entrada para estudantes de baixa renda no ensino superior privado. Criado em 1999, o programa passou por diversas reformulações ao longo dos anos para ampliar a inclusão educacional e oferecer condições mais acessíveis de pagamento.

Com a chegada de 2025, o FIES apresenta novas diretrizes que afetam desde a forma de pagamento até os critérios de seleção. Essas mudanças estão previstas na Resolução CG-FIES nº 61/2024, que determina as regras vigentes para os próximos três anos.

Ao todo, mais de 112 mil vagas serão ofertadas em 2025, distribuídas entre as modalidades tradicionais e o FIES Social. O objetivo é garantir acesso ao ensino superior a quem enfrenta dificuldades financeiras.

Entender o funcionamento, as etapas de inscrição e as exigências documentais é essencial para quem deseja financiar os estudos com segurança.

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O FIES 2025 traz novas modalidades e regras para facilitar o acesso ao ensino superior – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

Como funciona o FIES em 2025: etapas do processo e prazos importantes

O FIES 2025 mantém sua estrutura em três modalidades: FIES I (juros zero), FIES II e FIES III (com taxas variáveis). O processo de adesão ocorre por meio do portal Acesso Único (acessounico.mec.gov.br), mediante login com conta GOV.BR.

O cronograma do primeiro semestre prevê inscrições de 4 a 7 de fevereiro, com divulgação dos resultados em 18 de fevereiro. A lista de espera tem início em 25 de fevereiro, contemplando os candidatos não convocados inicialmente.

As etapas incluem o preenchimento de dados pessoais, escolha de cursos, informações financeiras, revisão e confirmação. Após a pré-seleção, é necessário validar as informações junto à CPSA da instituição escolhida e finalizar a contratação.

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Novas regras do FIES 2025: o que mudou no financiamento estudantil

Em 2025, uma das principais mudanças é o fim da carência para início dos pagamentos. Assim que o estudante conclui o curso e ingressa no mercado formal de trabalho, as parcelas são descontadas diretamente da fonte pagadora.

Outra mudança é a exigência de nota mínima de 400 na redação do Enem, além dos tradicionais 450 pontos nas provas objetivas. O programa também estipula novas condições de renegociação para inadimplentes.

O FIES Social, voltado para inscritos no Cadúnico com renda per capita de até meio salário mínimo, representa 50% das vagas de 2025. Ele prevê financiamento de até 100% e reserva de vagas para grupos minorizados.

Como calcular o valor das parcelas do FIES

O valor das parcelas é calculado com base na renda familiar bruta e no percentual compromissado da mensalidade. O sistema considera ainda a variação no valor do curso e o tipo de modalidade contratada.

No caso de beneficiários empregados, o desconto é feito diretamente do salário. Se não houver renda, aplica-se o valor mínimo previsto em regulamento. O prazo médio para quitação é de 14 anos.

Ferramentas como simuladores disponíveis no portal do FIES (sisfiesportal.mec.gov.br) ajudam o candidato a prever quanto pagará mensalmente com base em seu perfil.

Diferenças entre FIES e outros programas de crédito estudantil

O FIES difere de programas como o Prouni, que oferece bolsas, e do Pravaler (pravaler.com.br), que é um crédito privado. Enquanto o Prouni é voltado para bolsas integrais ou parciais, o FIES é um financiamento com condições facilitadas.

O Pravaler, por sua vez, exige garantias financeiras mais rígidas e é menos acessível para estudantes de baixa renda. Já o FIES oferece mais flexibilização e é subsidiado pelo governo.

As taxas de juros, carências e exigências variam bastante entre esses programas, o que torna essencial a comparação antes da escolha.

FIES 2025 veja quem pode se inscrever, como funciona e quais as novas regras de financiamento
Estudantes precisam estar atentos aos prazos e condições para garantir o financiamento pelo FIES – Crédito: Jeane de Oliveira / cadunicobrasil.com.br

O que fazer após a aprovação no FIES 2025

Após ser selecionado, o estudante precisa complementar os dados no site do FIES. Em seguida, é obrigatório comparecer à CPSA da instituição para validação das informações.

O último passo é a contratação do financiamento, que passou a ser realizada de forma digital, dispensando a ida a agências bancárias. A documentação é enviada eletronicamente via sistemas do MEC.

Caso o estudante perca o prazo de qualquer etapa, a inscrição é cancelada. Portanto, acompanhar o cronograma é indispensável.

Documentos necessários para solicitar o FIES em 2025

São exigidos documentos pessoais do estudante, como CPF, identidade e comprovante de residência. Se for o caso, também é necessário apresentar certidão de casamento e dados do cônjuge.

Para a modalidade com fiador, são requeridos também documentos do fiador, incluindo comprovantes de renda e documentos civis. O DRI (Documento de Regularidade de Inscrição) é essencial para o início do processo.

Estudantes que possuem bolsa parcial do Prouni também devem apresentar o termo de concessão da bolsa, quando aplicável.

Como fazer a inscrição no FIES pelo site oficial do MEC

A inscrição é feita exclusivamente pelo portal Acesso Único (acessounico.mec.gov.br). É preciso ter conta ativa no GOV.BR e preencher as informações exigidas em todas as etapas.

O sistema permite a escolha de até três opções de cursos, com ordem de prioridade. Também é necessário declarar renda e composição familiar, além de realizar autodeclaração étnico-racial para acesso a vagas reservadas.

Finalizada a inscrição, o candidato deve salvar o comprovante com a chave de segurança e acompanhar o resultado pelo mesmo portal.

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Principais erros que impedem a aprovação no FIES

Entre os erros mais comuns estão o preenchimento incorreto de dados financeiros e pessoais, escolha de cursos sem avaliação positiva do MEC ou falta de envio de documentos obrigatórios.

Não atender à pontuação exigida do Enem ou ultrapassar o limite de renda familiar também compromete a inscrição. Além disso, perder os prazos de complementação é motivo de desclassificação.

Para evitar problemas, o ideal é revisar cuidadosamente todos os dados antes de enviar a inscrição e manter-se atento às atualizações do MEC.

Wilson Spiler

Jornalista e design gráfico, pós-graduado em Marketing Digital. Atualmente sou editor de Home do Lance!, e redator nos sites Pronatec e CadÚnico. Já trabalhei nos mais diversos ramos da comunicação, com atuação em redações como Globo, GloboNews, Video Clipping, e SRZD, onde fui editor-chefe de Esportes e fotógrafo. Também exerci a função de analista de SEO em agências como Rankme e Search Lab, além de vários trabalhos freelancers para empresas como Dimona e Buscapé.

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