O Saque-Aniversário do FGTS permite que trabalhadores retirem anualmente uma parte do saldo de suas contas no mês de aniversário. A adesão é voluntária e pode ser feita pelo aplicativo ou site.
Muita gente espera pelo mês de aniversário não só para comemorar, mas também para contar com uma ajuda extra no orçamento. Em tempos de contas altas e poucos ganhos, qualquer valor que entra faz diferença. Por isso, cada vez mais pessoas escolhem uma forma diferente de usar o saldo do FGTS.
Essa modalidade de retirada se tornou uma escolha comum entre trabalhadores. Muitos aproveitam para pagar dívidas, investir ou apenas reforçar a renda. No entanto, tomar essa decisão exige atenção, pois ela traz regras próprias que podem interferir no futuro.
Antes de escolher o saque, é importante entender como ele funciona, quem pode usar e o que muda nos direitos trabalhistas. Saber exatamente o que está em jogo evita arrependimentos e ajuda no planejamento financeiro.
Como funciona o saque no mês de nascimento
O saque-aniversário permite retirar uma parte do saldo do FGTS uma vez por ano. O valor fica disponível a partir do mês de nascimento do trabalhador e pode ser sacado por 60 dias. As datas seguem um calendário fixo, com prazos diferentes para cada mês.
Por exemplo, quem nasceu em janeiro pode retirar entre 2 de janeiro e 31 de março. Já quem faz aniversário em agosto, tem do primeiro dia de agosto até o final de outubro para movimentar a conta. Se perder o prazo, o dinheiro volta para o fundo.
Esse modelo se diferencia do saque por demissão. No saque-aniversário, a pessoa continua com direito à multa de 40% em caso de desligamento sem justa causa. No entanto, ela não pode mais retirar o valor total do FGTS quando sai do trabalho. Isso pede atenção na hora da escolha.
Todos os trabalhadores com saldo no FGTS podem aderir ao saque-aniversário. Não importa se a conta está ativa ou parada. Para entrar na modalidade, basta acessar o aplicativo oficial do FGTS ou o site da Caixa. O processo leva poucos minutos.
Depois de aceitar os termos, a pessoa informa uma conta para receber os valores. A mudança pode ser desfeita, mas a volta ao saque por demissão só ocorre após 25 meses. Por isso, quem depende do saldo total em caso de desemprego deve pensar bem antes de mudar.
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Quanto é possível retirar todo ano do FGTS?
Quem já usou o valor do saque-aniversário como garantia para empréstimos precisa esperar até o fim do contrato para voltar à opção anterior. A antecipação com banco é uma decisão que também exige planejamento.
Ao mesmo tempo, o valor disponível no saque-aniversário depende de quanto a pessoa tem no FGTS. A Caixa usa uma tabela com faixas e percentuais. Além disso, cada faixa recebe uma quantia extra fixa, o que aumenta o valor final do saque.
Por exemplo, quem tem R$ 8 mil no fundo pode retirar 20% desse valor, o que dá R$ 1.600. Além disso, recebe mais R$ 650 como adicional. Nesse caso, o total liberado chega a R$ 2.250. Quem tem menos no saldo retira uma parte maior, em porcentagem.
Os percentuais vão de 5% a 50%, conforme o tamanho do saldo. Quanto menor o valor guardado, maior a fatia liberada. A lógica da tabela busca beneficiar quem tem menos dinheiro no fundo, aumentando o valor em proporção ao saldo disponível.
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O que muda ao antecipar o benefício anual
Quem escolhe o saque-aniversário pode, além da retirada anual, antecipar valores dos próximos anos com um banco. Essa opção funciona como um tipo de empréstimo. O dinheiro sai direto do FGTS, com desconto automático e juros menores.
A principal vantagem é receber o valor de forma rápida, sem mexer no salário do mês. No entanto, essa decisão trava a volta ao modelo antigo e deixa o trabalhador sem acesso ao saldo total em caso de demissão. Isso pode ser um problema em tempos de incerteza.
Antes de buscar a antecipação, vale simular os valores, entender as taxas cobradas e avaliar a real necessidade de crédito. Em alguns casos, o dinheiro ajuda a sair de uma dívida maior. Em outros, pode trazer dificuldades futuras.
Como foi visto, o saque-aniversário oferece uma nova forma de usar o FGTS. Com ele, o trabalhador consegue acessar parte do dinheiro todo ano, sem precisar sair do emprego. Para muitos, é uma maneira útil de completar a renda e manter as contas em dia.
Por outro lado, essa escolha exige atenção. Abrir mão do saque total em caso de demissão pode pesar no orçamento num momento difícil. Por isso, a decisão precisa levar em conta não só o valor a receber, mas também os riscos envolvidos.
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