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CNH sem autoescola e a 2ª prova gratuita: o que muda para tirar sua habilitação

As propostas de mudança na CNH buscam flexibilizar as aulas de direção e garantir que o aluno tenha uma segunda chance gratuita no exame prático.

Tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil envolve uma série de etapas, desde os exames médicos até a prova prática final. Para muitos, o custo é o maior obstáculo, e a obrigatoriedade da autoescola é o que mais pesa no bolso.

Por isso, um projeto de lei busca simplificar o processo e torná-lo muito mais barato, eliminando a exclusividade dos Centros de Formação de Condutores (CFCs).

Além da flexibilização nas aulas de direção, o projeto traz outra novidade que alivia o bolso: a garantia de uma segunda chance gratuita no exame prático.

Essas mudanças, se aprovadas, prometem revolucionar a forma como os brasileiros obtêm sua licença para dirigir, focando na redução de custos e na acessibilidade.

Aulas de direção com instrutor particular

A proposta mais ousada e que gera a maior economia é a permissão para que o futuro motorista aprenda a dirigir com um instrutor particular.

Com essa mudança, o candidato não seria obrigado a cumprir toda a carga horária de aulas práticas em uma autoescola. Ele teria a liberdade de aprender com um motorista experiente de sua confiança.

Para garantir que o ensino seja seguro, o instrutor particular precisa cumprir requisitos rígidos. Ele deve ter no mínimo cinco anos de habilitação na categoria que irá ensinar.

Além disso, o veículo usado para o aprendizado precisa estar devidamente identificado e adaptado, garantindo a segurança de todos.

Aulas teóricas e a obrigatoriedade mantida

É importante notar que a flexibilização das aulas não se aplica à parte teórica da formação. As aulas que abordam a legislação de trânsito, direção defensiva e primeiros socorros continuam obrigatórias.

O conteúdo teórico é fundamental para a segurança no trânsito e para que o candidato entenda as regras. Portanto, o curso teórico ainda deverá ser feito em uma instituição credenciada.

Da mesma forma, o exame teórico e os exames médicos e psicotécnicos continuam sendo etapas obrigatórias do processo.

A mudança maior é realmente na etapa prática, que hoje é a mais custosa para o aluno.

Segunda prova prática gratuita

Outro ponto que alivia o orçamento do candidato é a inclusão da gratuidade na segunda tentativa do exame prático.

Atualmente, se o aluno é reprovado na primeira vez, ele precisa pagar uma nova taxa ao Detran e, muitas vezes, fazer aulas extras na autoescola, o que encarece o processo.

Com a nova regra proposta, se o candidato não conseguir a aprovação na primeira prova, ele terá direito a refazer o exame uma segunda vez sem custos adicionais de taxa.

Essa medida reduz a pressão financeira sobre o aluno e garante que ele tenha uma chance a mais de demonstrar suas habilidades sem o peso de um novo pagamento.

Como seria a economia

A redução de custos seria significativa. Ao poder optar por um instrutor particular, o candidato economizaria o valor das aulas de direção cobradas pelas autoescolas.

Além disso, a gratuidade da segunda chance na prova prática elimina mais um custo que é comum para quem reprova na primeira vez.

Com essas medidas, o processo para tirar a CNH se tornaria muito mais acessível para as classes de baixa renda e para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho.

A proposta visa que o foco do gasto seja apenas nas taxas obrigatórias e nos exames, e não na formação em si.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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