Carteira do Idoso agora está disponível para um novo grupo de brasileiros, oferecendo transporte gratuito e outros benefícios sociais.
A rotina de quem passou dos 60 anos carrega histórias, memórias e, muitas vezes, dificuldades. Apesar da experiência acumulada, nem sempre o acesso aos direitos mais simples acontece sem obstáculos. A informação nem sempre chega, e quando chega, não é fácil de entender.
Entre os documentos mais úteis para essa faixa da população está a Carteira do Idoso. Mesmo presente no país há anos, ela ainda é pouco conhecida ou utilizada. Quem a possui pode se beneficiar de diversos serviços gratuitos ou com custo reduzido, facilitando muito o dia a dia.
Ainda que muitos brasileiros tenham direito à carteira, nem todos sabem por onde começar. E foi pensando nisso que criamos este texto. A seguir, explicamos tudo o que você precisa saber, desde os requisitos até como usar o documento no transporte e em atividades culturais.
Quem pode fazer a Carteira do Idoso em 2025?
Atualmente, a Carteira do Idoso é voltada para pessoas a partir de 60 anos que recebem até dois salários mínimos por mês. Esse é o primeiro passo para saber se o documento é ou não acessível a você.
Além da idade e da renda, é preciso ter uma inscrição ativa no Cadastro Único, sistema usado para organizar quem pode participar de programas sociais do Governo Federal, Estadual e até Municipal.
Quem ainda não está no CadÚnico precisa procurar um CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) com documentos como RG, CPF e comprovante de residência. Se o cadastro estiver desatualizado, também será preciso fazer a renovação antes de solicitar a carteira.
Sem o cadastro, não há como obter o documento. Por isso, manter os dados em dia é fundamental. Essa atualização deve acontecer a cada dois anos ou sempre que houver alguma mudança na vida do idoso, como troca de endereço ou nova fonte de renda.
Veja também: Carteira do Idoso: como consultar o status da solicitação pela internet
Como fazer o documento de forma presencial ou online
A carteira pode ser feita de duas maneiras: indo até o CRAS da cidade ou diretamente pela internet, usando uma conta no site Gov.br. Quem escolhe ir pessoalmente deve levar os documentos exigidos, que são RG, CPF, comprovante de residência e, se tiver, comprovante de renda.
No atendimento presencial, o assistente social verifica os dados do Cadastro Único. Se estiver tudo certo, a carteira é emitida sem custo e pode ficar pronta em até uma semana. Essa opção costuma ser a melhor para quem tem dificuldade com tecnologia ou prefere resolver tudo com alguém explicando.
Já quem tem familiaridade com o celular ou computador pode acessar o site do Ministério do Desenvolvimento e fazer tudo digitalmente. O processo é simples, e a carteira pode ser salva em PDF ou até impressa em casa. Ela tem o mesmo valor que a versão física e serve para todos os usos.
Por tudo isso, quem tem direito à carteira deve buscar se informar, reunir os documentos e solicitar o quanto antes. Trata-se de uma ferramenta importante para tornar a vida mais leve, mais justa e mais respeitosa para quem já viveu tantas etapas.
Saiba mais: Quer a Carteira do Idoso? Comunicado oficial revela como solicitar o documento de forma simples
Vantagens no transporte, na cultura e na sociedade
Uma das principais utilidades da Carteira do Idoso é o transporte. Para viagens entre estados, como de ônibus ou trem, a lei garante duas vagas gratuitas por veículo. Caso essas vagas já estejam preenchidas, o passageiro com a carteira pode pagar metade do valor.
Nas grandes cidades, a carteira também serve para circular de metrô, ônibus e trens urbanos sem pagar. Cada município tem regras próprias, mas muitos oferecem acesso total aos idosos, bastando apresentar o documento e o RG.
O mesmo vale para lazer e cultura. Cinemas, teatros, exposições e museus costumam oferecer ingressos pela metade do preço. Alguns lugares, como centros culturais públicos, nem cobram entrada. Com isso, os idosos conseguem participar mais da vida social, manter a mente ativa e se divertir.
Outro uso comum da Carteira do Idoso é na hora de ser atendido em serviços públicos ou com grande movimento, como bancos, farmácias, hospitais ou supermercados. Afinal, o documento serve como prova de idade e facilita o acesso a filas preferenciais.
Por fim, cuidar do cadastro evita problemas no futuro. A cada dois anos, o CadÚnico deve ser atualizado. Quem não faz isso corre o risco de perder o direito à carteira, mesmo que ainda preencha os critérios de idade e renda. Por isso, é importante estar atento às datas e manter os dados corretos.
Veja também: Carteira do Idoso: saiba como recuperar o documento perdido ou danificado
Governo trabalha para atender ainda mais brasileiros
Em 2025, o governo anunciou planos para aumentar o número de carteiras emitidas. Novos CRAS foram abertos em bairros mais afastados e no interior. Também estão sendo feitas campanhas de rádio e televisão para divulgar a importância do documento.
Além disso, idosos com dificuldade de acessar a internet podem contar com ajuda em oficinas de inclusão digital. Em algumas cidades, bibliotecas públicas e escolas oferecem aulas gratuitas para ensinar a usar o Gov.br e outros serviços online.
Em lugares onde a internet é fraca ou o acesso é mais difícil, equipes móveis percorrem as comunidades. Elas levam informação, ajudam na inscrição no CadÚnico e até emitem a carteira no local. Com essas ações, a expectativa é atender mais de um milhão e meio de idosos até o final do ano.
Quem já usa a Carteira do Idoso percebe a diferença. Em muitos casos, ela representa economia, praticidade e mais liberdade. Ir ao médico, visitar a família, passear em outra cidade ou assistir a um espetáculo se tornam atividades mais simples e acessíveis.
O documento também oferece mais segurança na hora de solicitar benefícios ou serviços, pois mostra que o idoso está dentro das regras dos programas sociais. E, mais do que isso, reforça que o país reconhece o valor de quem já construiu tanto ao longo da vida.
