Entenda a relação entre o novo salário mínimo e Bolsa Família
Salário mínimo aumento para R$ 1.518 este ano. Saiba qual o efeito disso em benefícios sociais como o próprio Bolsa Família.
O Bolsa Família continua sendo um dos principais programas sociais do Brasil, oferecendo um bom auxílio financeiro para as famílias brasileiras de baixa renda.
Criado para reduzir a pobreza e garantir melhores condições de vida, o programa atende milhões de brasileiros que dependem desse auxílio para despesas essenciais como alimentação, moradia e saúde.
Para 2025, o governo preparou pagamentos que incluem os adicionais exclusivos conforme o número de membros da família. Crianças, adolescentes e gestantes são as mais beneficiadas.

Critérios para acessar Bolsa Família 2025
Para ser beneficiário do Bolsa Família, é preciso atender a critérios de renda e estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Assim, as regras incluem:
- Renda per capita de até R$ 218 por mês: cálculo é feito somando toda a renda da família e dividindo pelo número de pessoas que moram na casa.
- Cadastro atualizado no CadÚnico: quem ainda não tem cadastro deve procurar um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para se inscrever.
Também é sempre bom lembrar que as famílias devem cumprir as condicionalidades do programa, como:
- Manter crianças e adolescentes matriculados na escola e com frequência mínima exigida.
- Garantir que gestantes realizem o pré-natal.
- Acompanhar a vacinação de crianças conforme o calendário do Ministério da Saúde.
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Valores pagos pelo governo e inscrição
O valor do benefício varia de acordo com a composição da família. Em 2025, o Bolsa Família segue com os seguintes valores:
- R$ 600 como benefício mínimo para cada família.
- R$ 150 adicionais para cada criança de até 6 anos.
- R$ 50 adicionais para crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos, além de gestantes.
- Benefício para superação da extrema pobreza, pago para famílias cuja renda per capita, mesmo com os valores já recebidos, continue abaixo do limite de extrema pobreza.
Tais valores fazem com que famílias com crianças pequenas ou adolescentes recebam um suporte extra, ajudando a cobrir despesas com alimentação e educação.
Já a inscrição no Bolsa Família é feita por meio do Cadastro Único, que deve ser realizado presencialmente no CRAS da cidade onde a família mora. O processo inclui agendar o atendimento, reunir documentos e responder ao questionário social.
Após a inscrição, a inclusão no Bolsa Família não é imediata. A seleção dos beneficiários é feita pelo governo federal com base nas informações do CadÚnico e na disponibilidade de recursos.
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Por onde sacar meu benefício?
Os pagamentos do Bolsa Família são feitos pela Caixa Econômica Federal, e os beneficiários podem acessar o dinheiro de várias formas:
- Aplicativo Caixa Tem, que permite transferências, pagamentos e compras online.
- Cartão Bolsa Família, usado para saques em lotéricas, caixas eletrônicos e correspondentes bancários.
- Conta Poupança Social Digital, criada automaticamente para beneficiários sem conta bancária.
O que fazer o Bolsa Família ser bloqueado ou cancelado?
Algumas situações podem levar ao bloqueio ou cancelamento do benefício, como:
- Aumento da renda per capita acima de R$ 218.
- Cadastro desatualizado no CadÚnico.
- Falta de frequência escolar das crianças.
- Irregularidades na vacinação infantil ou no pré-natal das gestantes.
- Informações inconsistentes na inscrição.
Se o benefício for bloqueado, a família deve procurar o CRAS para regularizar a situação. Em alguns casos, pode ser necessário apresentar documentos atualizados ou comprovar a renda familiar.
Efeitos do salário mínimo no programa
Por fim, o salário mínimo tem uma influência direta no Bolsa Família porque pode ser decisivo na hora de conceder o benefício. Por exemplo, uma família de sete pessoas que recebe R$ 1.518 por mês tem a renda per capita de R$ 216,85, abaixo do limite de R$ 218. Isso significa que ela pode receber o auxílio.
Ao mesmo tempo, o salário mínimo é fundamental para definir a Regra de Proteção, que mantém o Bolsa Família pela metade durante 2 anos quando um beneficiário consegue emprego de carteira assinada. Nesses casos, a renda per capita deve ser de até metade do salário mínimo (atualmente R$ 759).